Cannes Lions 2023: Favelês. O futuro fala essa língua
As marcas precisam despertar para o conjunto de códigos de linguagem das favelas brasileiras
Ainda é o primeiro dia, mas já podemos dizer que, na opinião desse cronista bissexto, Sergio Gordilho e Celso Athayde entregaram uma das mais potentes palestras dessa 70ª edição do Festival de Criatividade de Cannes. “Aprenda a língua das favelas” foi mais que um keynote, foi um chamado para as marcas que ainda não acordaram para o potencial econômico das favelas do Brasil e do mundo.
Apenas em nosso país, esses que o IBGE denomina tecnicamente “aglomerado subnormal” movimentam mais de 40 bilhões de dólares por ano, segundo o Instituto DataFavela.
“Definitivamente, as favelas brasileiras não são carentes, são mercados potentes e precisam entrar no radar das marcas. Estou falando de códigos muito expressivos”, disse Celso Athayde, idealizador e fundador da Central Única das Favelas (CUFA) e da Favela Holding.
“A forma mais cativante de conquistar corações e mentes é contando uma história. Mas para se entender uma história precisamos dominar os códigos de linguagem do narrador. E as marcas brasileiras precisam despertar para o favelês, o conjunto de códigos de linguagem das favelas brasileiras”, comentou Sergio Gordilho, copresidente e CCO da Africa Creative.
Com a pujança da favela brasileira no palco, definitivamente Cannes ficou mais potente do que nunca!
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