Web Summit 2023 – Rio: O verão das IAs generativas
Um lugar ao sol passa por tecnologias que contribuem para a relação entre marcas e pessoas
Fui um dos 21.367 participantes do Web Summit Rio deste ano. Um entre milhares de espectadores atraídos como imãs para a Cidade Maravilhosa, uma entre muitas pessoas que (pasmem) passou longe das praias e precisou de saúde de atleta para maratonar em quase 100 horas de palestras.
A primeira e inevitável conclusão que chego é que, definitivamente, não sou atleta. Só agora começo a me recuperar de tudo o que vi, ouvi e senti. Sim, senti.
Em pleno verão das inteligências artificiais generativas, faço questão de processar dados com emoção e revisito a experiência proporcionada pelo maior evento de tecnologia do mundo sob a ótica de tecnologias aplicadas ao marketing, ou seja, tecnologias feitas para contribuírem na relação entre marcas e pessoas.
Na palestra de Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú, por exemplo, ouvi sobre a evolução consistente de uma das maiores empresas do setor financeiro global. Ele ilustrou como a empresa superou o desafio de lidar com o legado de tecnologia e alcançou uma habilidade exponencial na construção de soluções tecnológicas para os clientes.
Sean Summers, CMO do Mercado Livre, reforçou as estratégias Retail Media como ferramenta de impulsionar o crescimento dos negócios na América Latina. Interessante a expansão na região e como isso está gerando oportunidades para marcas internacionais que buscam aumentar sua presença digital e alcançar novos consumidores. O que me impressionou foi o fato de que a cultura empresarial da empresa sempre esteve alinhada com sua estratégia de negócios, o que é fundamental para garantir que os clientes sejam bem atendidos e as promessas de entrega sejam cumpridas.
Sob o ponto de vista de investimentos, está claro que a IA permite que as empresas produzam mais com menos recursos, o que deve atrair mais investidores para a América Latina. A plataforma OnlyFans já é prova disso, e seu CEO, Amrapali Gan, deu uma verdadeira aula de gestão no evento.
Um exemplo inspirador foi o da empresa Jade Autism que venceu uma disputa com 974 startups no Web Summit. Eles desenvolveram um software incrível para crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista e outros transtornos cognitivos. Ronaldo Cohin, o fundador da empresa, deixou a música de lado para estudar ciência da computação depois que seu filho foi diagnosticado com autismo. É incrível ver como a tecnologia pode ser usada para promover a inclusão e a educação!
Mas o que realmente roubou minha atenção foi a tecnologia Giuseppe, que mistura receitas à base de plantas ingredientes sem origem animal. Fernando Machado, CMO da Notco, que utiliza essa tecnologia, deixou sua marca no evento com campanhas criadas com o uso de inteligência artificial. Teve até uma campanha para o Dia da Terra com imagens de animais nunca vistos envelhecidos! Que loucura, não é? Aguçou minha curiosidade, e reconheço que além de não ser atleta sou altamente influenciável: outro dia fui ao supermercado e comprei todos os produtos.
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