Web Summit 2023 - Rio: conectando laços fracos com resultados de inovação radicalmente fortes • B9

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Web Summit 2023 – Rio: conectando laços fracos com resultados de inovação radicalmente fortes

Quando um superevento desses cria contexto, ele potencializa nosso acesso à hyperlinks humanos

por Renata Feltrin / Executive Director da CI&T
Capa - Web Summit 2023 – Rio: conectando laços fracos com resultados de inovação radicalmente fortes
Imagem: Piaras Ó Mídheach/Web Summit Rio via Sportsfile

O Web Summit já faz alguns anos se consolidou como o maior evento global de inovação com foco em tecnologia. Na primeira vez que fui em 2017, já em Lisboa (o evento começou na Irlanda em 2009) deu pra sentir a dimensão do impacto que ele representava para a Europa e o mundo. Atravessou a pandemia com versões online e em 2022 mostrou sua força total com mais de 75 mil participantes e ingressos sold out na capital portuguesa. 

No Rio, primeira edição fora da Europa, com mais de 21 mil pessoas (de 97 diferentes países)  e ingressos também esgotados, provou que a promessa de Paddy Cosgrave, co-fundador e CEO do Web Summit, não era balela: “queremos fazer do Web Summit Rio o maior evento internacional de inovação do Brasil”. Fizeram. Aliás, fizemos.

Digo fizemos, não porque eu estava lá também como uma das speakers em uma masterclass em que explicamos porque AI acelera já de forma radical a eficiência no processo de desenvolvimento de soluções digitais. Digo fizemos porque a inovação real em eventos como esse acontece muito mais fora dos palcos do que neles. 

O Web Summit é um grande criador de contexto, põe na roda temas relevantes e gente de respeito, mas acima de tudo é muito assertivo na estratégia que faz dele um sucesso: reúne gente interessante e cria amplo contexto para troca. Na forma que organiza os stands de grandes empresas misturados com os boxes das startups, os palcos distribuídos no meio disso tudo e que vão mudando de tema a cada dia, às masterclass que aprofundam temas mais densos e focados. Até o esquema da alimentação, resolvida através de dezenas de food trucks espalhados entre pavilhões (em Lisboa é exatamente igual), com filas enormes em horários de pico. E incluindo a dinâmica das Night Summit, que promovem happy hours e festas após dia de conteúdos, nada é à toa. 


Sam Barnes/Web Summit Rio via Sportsfile


Isso tudo, olhando de fora resulta, em uma mistura caótica, e é. Mas o caos tem também grande valor se você souber reconhecer o papel dos laços fracos e tirar proveito disso. Vou explicar melhor, porque  é justamente por eles que a dinâmica de como acontecem eventos como esse continuarão relevantes na minha visão, à despeito do avanço de AI como curadora de conteúdo para a humanidade. 

A teoria dos laços fortes e laços fracos é uma ideia proposta pelo sociólogo Mark Granovetter em seu artigo de 1973, intitulado “The Strength of Weak Ties” (A Força dos Laços Fracos, em tradução livre). Se baseia no argumento de que os indivíduos em uma rede social são conectados por laços fortes e laços fracos. Os laços fortes são aqueles que conectam indivíduos próximos, como membros da família, amigos íntimos e colegas de trabalho próximos. Por outro lado, os laços fracos são aqueles que conectam indivíduos que têm contato esporádico, ou mesmo que você vai ter contato uma vez na vida, como conhecidos, colegas distantes e amigos de amigos.

Granovetter diz que os laços fracos são mais importantes para a difusão de informações e a criação de oportunidades do que os laços fortes, porque as pessoas tendem a ter acesso a informações diferentes e novas através de seus laços fracos. Além disso, os laços fracos também são mais importantes para a mobilidade social e, obviamente, a diversidade de opiniões, já que os laços fracos nos expõem muito mais à perspectivas diferentes do que as que temos continuamente através dos laços fortes. Ou seja: laços fortes existem para a manutenção e preservação do que já está. Realidades de negócios e relações que se protegem. A inovação não vem desses laços. 

Eu perdi a conta da quantidade de laços fracos que tive acesso nos quatro dias de Web Summit Rio. Em inúmeras oportunidades, da pessoa que conheci na fila para pegar o hambúrguer, ao founder de uma startup que parei para ouvir a ideia, a dezenas de pessoas que conhecia do online, das redes sociais e reconheci e troquei ideia nos corredores, dos amigos dos amigos nos happy hours. Cada um desses laços trouxe consigo uma informação vinda de um outro círculo social, uma ideia, uma história, uma conexão, uma provocação. Muitas delas me inspiraram e funcionaram como hiperlinks: a partir do que veio delas e com a abundância de acesso e informação que a tecnologia hoje nos dá, acessei novos mundos e teorias. Obrigada ChatGPT por dar vários cliques a mais no que descobri para poder perguntar!

Quando um superevento desses cria contexto, ele potencializa nosso acesso à hyperlinks humanos. Além de informação, eles trazem abraço, brilho no olho, contexto de vida, histórias de coragem autorais, alma no processo, intuição, conexão emocional. Eu já tive a sorte de passar várias vezes por experiências que, vindas de um laço fraco, totalmente fora da minha dinâmica social, me fizeram acessar recursos fora e dentro de mim que eu desconhecia. Que me colocaram em movimento inovador, sobre ideias, projetos e vida. E é isso que de verdade transforma. 

Parafraseando Oswaldo Oliveira, “conexão em tempo real com laços fracos é a informação líquida batendo na parede dos laços fortes, que aos poucos vai nos transformando”. Especialmente quando nos juntamos, gotas vindas de lugares diferentes. E quando o pano de fundo e contorno disso são as possibilidades de acesso e conexão que a tecnologia nos dá. Das gotas podemos fazer oceanos.




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