Web Summit 2023 – Rio: Evento se destaca pela capacidade de criar conexões naturais e essenciais

Estamos vivendo tempos de grande ebulição na área de inteligência generativa e artificial (IA) e futurismo já não é novidade. O Web Summit Rio confirmou isso com um grande volume de palestras que abordaram o tema nas mais variadas áreas de aplicabilidade. A polêmica sobre IA ainda está em pauta, com questionamentos sobre estarmos avançando rápido demais. Polêmica esta que foi amplificada por vários incidentes, como a carta aberta assinada por vários executivos e cientistas, como o historiador Yuval Harari, que pedia uma pausa no desenvolvimento de sistemas de IA em larga escala. Ou a suspensão do ChatGPT – já revertida – da Itália por suspeita de desrespeitar a legislação envolvendo a privacidade dos dados pessoais. 

As instituições de saúde usam muito a IA no seu dia a dia, das tarefas administrativas, até a desburocratização do papel do(a) médico(a) para que ele(a) possa se dedicar mais ao cuidado com o paciente. A tecnologia ajuda também a oferecer tratamentos cada vez mais personalizados, a partir de análises de grandes quantidades de dados e ajudando os profissionais de saúde a desenvolver planos de tratamento personalizados com base no histórico médico do paciente, perfil genético e outros fatores relevantes. À medida que mais organizações de saúde começam a adotar a IA, podemos esperar ver uma melhoria gradual nos resultados de saúde da população nos próximos anos. 

Durante os três dias de evento, os conteúdos foram amplamente dedicados ao assunto de IA, como a boa palestra do Fernando Machado, CMO da NotCo, que trouxe a reflexão de que, antes, a IA era sobre curadoria de conteúdo. Hoje, é sobre criação de conteúdo, e que será muito difícil fazer previsões sobre seus impactos imediatos. Ainda na questão de previsões, Chelsea Manning, responsável por vazar dados internos dos Estados Unidos para WikiLeaks, falou sobre a necessidade de discutir e entender os modelos de implementação das novas ferramentas, e reconhecer o impacto que as novas tecnologias terão na vida das pessoas. Ou seja, muito difícil hoje ter alguma ideia do tamanho do impacto que IA terá em nossas vidas, seja profissional ou pessoal. 

Num evento tão plural como o Web Summit Rio, a pauta de diversidade não poderia faltar. A organização do evento fez uma promoção para inscrição de mulheres, visando maior representatividade feminina e isso deu certo: 40% dos 21 mil participantes eram mulheres. No Rio, quase 37% dos speakers eram mulheres, num mercado que até pouco tempo era plenamente dominado pela figura masculina. 

Inovação é uma busca por novos movimentos, e essa missão foi cumprida à risca durante o Web Summit Rio. Para nós, que lançamos recentemente a Alma Sírio-Libanês, nova marca de inovação da instituição, esse evento foi um marco no sentido de fazer esses encontros entre outras grandes marcas e pessoas. Lançamos durante o encontro as cabines da Saúde, estruturas físicas que trazem  tecnologia de ponta para oferecer a jornada completa ao paciente: desde consultas digitais de baixa complexidade com enfermeiro e médico de família e comunidade, até a realização de exames, como aferição de frequência cardíaca e respiratória, saturação de oxigênio, temperatura, pressão sanguínea, glicemia, entre outros. 

Assim como no Web Summit Lisboa de 2022, que reuniu uma das maiores delegações de brasileiros presentes no evento, aqui no Rio repetiu-se uma aula de como os brasileiros são pessoas sociáveis, o que predispõe a criação de elos e fomenta relacionamentos. O Web Summitt é um evento de pessoas, para pessoas e para marcas que reafirmam seus valores legítimos. Mas, o que ficou evidente no evento foi a importância de lembrar nossos papéis como seres humanos. Como um amigo costuma falar, o que engaja no século XXI não é o Super Homem, mas sim o Clark Kent.  

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