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Web Summit 2023 – Rio: Do caos à cama
Motivos para voltar (ou não) na próxima edição do Web Summit Rio
A Web Summit Rio foi o que você já sabe: uma jornada caótica, muito cansativa e necessária. A minha ida ao evento desde o início foi sobre escuta ativa. Num lugar que tantos querem falar o tempo todo achei que era melhor mesmo alguém se propor a escutar de verdade. Doce ilusão, com o caos técnico do evento, quem foi para escutar passou perrengue.
Bota pra girar no modo zone
Ficou claro que 20 mil pessoas num evento no Rio de Janeiro é muita gente até para quem faz evento para 50 mil pessoas em outras capitais mundiais. O generalizado e não resolvido problema técnico de áudio e som, as filas intermináveis e a falta de estrutura de A&B, somados a falta de liderança sênior na produção local, a quantidade massiva de gente e a locação remota que é o Rio Centro foi a equação perfeita para o caos.
Confesso que me chateia a idéia que muita gente se deslocou até Curici, investiu em ir e assim como eu não conseguiu entrar em painéis, ou comer, ou ficou quase três horas na maior fila indiana de founders e startupeiros que já existiu para conseguir ir embora.
Um dos pontos positivos que o caos trouxe foram os encontros afetivos. Além de conhecer muita gente nova (toda hora alguém vinha se apresentar ou fazer um pitch de elevador), foi muito valioso reencontrar amigas e amigos talentosos, que além de trocar querendo construir juntos, se acolheram nessa aventura.
Não aprendi a dizer adeus
Com esse cenário de caos e fúria, todo corpo se cansa, mas depois de poucas horas de descanso e ainda com todas as trocas em download me pego perguntando “valeu?”. Demais.
Apesar de ter sido até hoje o perrengue mais chique que já vivi, é também o evento com maior potência de conexão, troca e negócios que estive. Dos painéis que vi, aprendi muito com a maioria. Estou incomodada pelo Center Stage ter fechado com um painel de três homens brancos que se conhecem falando sobre o próximo unicórnio brasileiro? Muito.
Mas conteúdo é minha praia. Curadoria e o casting de milhões do Center Stage, Panda Conf e Creatiff, me deu muito o que pensar e trocar, no momento o triplex alugado na minha cabeça é principalmente sobre qual é o melhor lugar para inteligência artificial na criação e produção de narrativas. Ainda em download.
Esse impacto que o evento tem de te conectar com o melhor do pensamento sobre um tema e promover esse senso de comunidade nas construções e conversas sobre inovação nas mais diversas áreas é precioso.
Por conta da minha comunidade, na primeira hora após o término do evento numa roda com amigos o Artur Pereira, VP e country manager de Portugal e Brasil do Web Summit me perguntou: ano que vem te vejo aqui?
Vê com certeza, Artur. Só me avisa se eu faço um pré-treino antes.
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