Web Summit 2023 – Rio: Cinco highlights que valem a pena listar

O maior evento de tecnologia do mundo pousou na América Latina pela primeira vez e trouxe todo seu circo. Apesar do pré-evento e o primeiro dia de palestras terem sido marcados por um caos típico das grandes estreias, o evento tem entregado o que prometeu. Aliás, essa também é a minha estreia em um summit global. Então, neste espaço, vou me empenhar para trazer uma visão de bastidores, detalhando a dinâmica do evento para quem, assim como eu, ficava em casa, morrendo de curiosidade para saber como as coisas acontecem.

Algo que chamou minha a atenção foi a variedade de formatos de conteúdo. Vale listar aqui pelo menos cinco deles:

1. Palestras blockbusters no Center Stage: aqui, era difícil encontrar uma palestra que não abordasse o tema do momento: a Inteligência Artificial Generativa. Vale citar algumas delas, como a de David Droga com uma visão otimista sobre como a IA pode impulsionar a criatividade, ou a de Cassie Kozyrkov, Chief Decision Scientist do Google, pregando que estamos vivendo uma revolução de UX e não uma revolução de IA. Além de Meredith Whittaker, presidente da Signal Foundation, fazendo um importante contraponto ao amplo positivismo relacionado à IA que tem sido a maioria esmagadora nos palcos do Web Summit Rio. 

2. Masterclasses no centro de exposições:  distantes do alvoroço dos grandes saguões e com maior tempo de exposição para cases a serem explorados, vale citar a aula de Gabriel Vallejo, Revenue Growth SVP LATAM da Oracle, que abordou como a tecnologia tem empoderado cada vez mais as pessoas nas tomadas de decisões, ilustrando a teoria com empolgante case da equipe Red Bull de Fórmula 1.

3. Palcos exclusivos para trilhas: lugares com boa capacidade e fácil acomodação, dificilmente ficavam lotados ou apresentavam filas, acabaram servindo como boias de sobrevivência no amplo tabuleiro do Web Summit. No palco PandaConf – destinado aos conteúdos de marketing – Alain Sylvain, fundador e CEO da consultoria SYLVAIN, em um ótimo conjunto de retórica, deck e flow, demonstrou como o timing pode ser um fator tão (ou até mais) relevante quanto à inovação e criatividade. Já no palco Sports Trade, Pia Sundhage, treinadora da seleção brasileira de futebol feminino, mostrou como os dados têm impactado a qualidade dos treinamentos, trouxe uma mensagem de esperança sobre as possibilidades na Copa do Mundo deste ano e levou a plateia à loucura ao dar uma palinha de “Quanto Tempo”, de Marisa Monte.

4. Roundtable: um dos espaços mais icônicos deste Web Summit permite a interação intimista com os palestrantes. Vale citar o exercício de problem seeking com o próprio Brian Collins, fundador e CCO da COLLINS, e um papo importantíssimo com Txai Suruí, coordenadora do Movimento da Juventude Indígena, sobre o papel da tecnologia na preservação da Amazônia.

5. Área das startups: e como se não bastasse o FOMO rolando solto, com múltiplos conteúdos acontecendo nesses formatos ao mesmo tempo, entre um palco e outro ficam espaços de interação com mais de 900 startups, e é extremamente contagiante transitar por esse espaço – algumas vezes caótico – onde tantas ideias e modelos de negócio são expostos.

E assim, embarcamos para o último dia de evento, com altas expectativas para a inauguração das trilhas Creatiff, destinada ao Design, e Auto/Tech, voltada para o futuro do transporte. 

---