Web Summit 2023 – Rio: Bigtechs e seus modelos de negócio
Independente do tamanho, muitos desafios em comum
As grandes empresas de tecnologia que vêm dominando o mercado com serviços inovadores, disruptivos e escaláveis passaram a moldar a forma de trabalho e comunicação das pessoas, mudando completamente nosso dia-a-dia. A presença das famosas bigtechs é percebida, quer você queira ou não, quer você goste ou não de tecnologia. Foquei meu dia no aprofundamento do modelo de negócios das bigtechs e quais são os desafios que essas gigantes enfrentam, o que dá até um certo alívio de saber que não estamos sós.
Roger Laughlin, CEO da Kavak, apresentou a trajetória da empresa e ressaltou a importância no mercado da América Latina para o sucesso da sua startup. Com um modelo de marketplace, destacou a relevância de trabalhar a experiência e novos produtos para as duas pontas (vendedor e comprador). Ele também destacou que a LatAm tem problemas complexos e uma grande população, ou seja, temos grandes oportunidades de criar negócios incríveis e de escala global. Roger também defendeu que a LatAm tem problemas mais profundos que o Vale do Silício, e, com isso, empreendedores mais “casca grossa” para disruptar a realidade local.
Amrapali Gan, CEO da OnlyFans, falou sobre sua trajetória na companhia que conquistou milhões de usuários com conteúdo adulto. Ela destacou a importância do Brasil para o crescimento da plataforma dna LatAm e apresentou algumas das estratégias que a companhia desenvolveu para se tornar um espaço seguro para a comunidade, como verificação da identidade dos usuários e necessidade de todos os integrantes que aparecem nos conteúdos terem um perfil na plataforma. A CEO ainda defendeu o modelo de negócios 80/20, que favorece o creator com 80% do valor, enquanto OnlyFans fica com 20% – muito acima do YouTube, por exemplo. “Não trabalhamos com algoritmos para direcionar conteúdos próximos ao que o usuário consome e nem com propaganda, nosso foco é entregar conteúdo para uma comunidade que quer ver a receita pagar por isso.”
Cripto vai voltar à moda? Foi o que Kathleen, Daniel e Paulo (líderes de empresas de Cripto) discutiram. Em um primeiro momento, debateram a queda no valor das criptomoedas, que gerou uma fuga de parte do público. Porém, destacaram que a queda foi momentânea e causada por agentes fraudulentos deste mercado – e que cripto ainda tem um grande potencial. Eles também ressaltam a importância do blockchain, que além de criptomoedas, pode ser utilizada para soluções criativas em outros setores, como logística. A mesa não respondeu se cripto irá voltar a moda, mas destacou a moda do momento – AI generativa – e como o mercado de cripto tem perdido talentos para essa nova onda.
Comentários
Sua voz importa aqui no B9! Convidamos você a compartilhar suas opiniões e experiências na seção de comentários abaixo. Antes de mergulhar na conversa, por favor, dê uma olhada nas nossas Regras de Conduta para garantir que nosso espaço continue sendo acolhedor e respeitoso para todos.