Web Summit 2023 – Rio: Como a Inteligência Artificial vai impactar a sociedade e o trabalho
Protagonismo, privacidade, diversidade e inclusão no centro das conversas
Tive um dia totalmente imersivo na pauta do ano: inteligência artificial. Eu, como diretor de uma Talent Tech, escolhi a dedo as palestras que vão girar em torno desse assunto, mas com foco na sociedade e trabalho. Trago aqui alguns pontos bacanas que ouvi de uma turma da pesada.
Kondzilla provocou reflexões sobre como incentivar novos talentos nas favelas do Brasil. Destacou a importância de oferecer oportunidades para os jovens, de investir em programas que possam fornecer treinamento técnico, habilidades de negócios e empreendedorismo, bem como incentivar a diversidade e inclusão em todas as áreas da tecnologia. Na sequência da masterclass, Kondzilla comentou:
“O Brasil é case em tecnologia em várias coisas. É case em pagamento via aproximação, nas eleições e em números no TikTok. Precisamos identificar quem está fazendo grandes feitos na tecnologia brasileira e dar protagonismo pra essa galera.”
Chelsea Mannin, ex-analista de inteligência do exército dos EUA, discutiu questões como privacidade, transparência governamental e a necessidade de proteger a democracia em uma era de vigilância em massa. Ela compartilhou experiências pessoais, incluindo tempo na prisão por divulgar informações confidenciais ao WikiLeaks e enfatizou a importância da liberdade de expressão.
Chelsea foi uma das personalidades mais aguardadas desse dia do evento. A sua masterclass foi uma reflexão sobre o impacto da ação individual em um mundo cada vez mais conectado e interdependente.
Meredith Whittaker, presidente da Signal, e Michael, jornalista investigativo chefe do Yahoo Jees, trouxeram à tona a necessidade de colocar freios no desenvolvimento de I.A. Eles argumentaram que o desenvolvimento acelerado sem uma regulamentação adequada pode ter consequências muito negativas para a sociedade, como discriminação e preconceitos. Além disso, eles apontam que a IA pode ser usada como ferramenta de vigilância de massas e que as empresas que desenvolvem esses sistemas geralmente não são responsabilizadas.
Esse foi o debate mais interessante do dia. Foi uma daquelas masterclass empolgantes, que fez todo mundo puxar novas threads com quem também estava assistindo.
Manuela Rodrigues, HR Manager da B3, e Renato Meirelles, CEO da Locomotiva, debateram sobre a importância de promover diversidade e inclusão nas empresas brasileiras. Abordaram tópicos como a necessidade de uma liderança comprometida com D&I e a necessidade de garantir que a representatividade chegue a todos os níveis de organização. Também falaram do papel da tecnologia na promoção da diversidade, possibilitando que não só os processos de recrutamento e seleção, mas também os feedbacks e avaliações sejam mais justos e inclusivos.
Destaque para a necessidade de se criar ambientes seguros para a autenticidade dos colaboradores como elemento estratégico de melhoria e desempenho e performance.
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