A criatividade como motor dos negócios: reflexões de David Droga no Web Summit Rio 2023
CEO da Accenture Song compartilhou sua visão sobre criatividade e inovação na era da inteligência artificial
David Droga é amplamente considerado um dos líderes mais influentes e visionários da indústria publicitária. Depois de fazer história com a Droga5, ele ganhou novamente destaque ao se tornar CEO da Accenture Interactive em 2021, liderando uma grande reformulação da organização. Sob sua batuta, a novata Accenture Song se tornou a segunda maior agência global, com uma receita estimada em US$ 16 bilhões em 2022.
Na tarde desta terça-feira (2 de maio), no palco principal do Web Summit Rio, David Droga foi entrevistado pela jornalista Claudia Penteado, onde compartilhou sua visão sobre como a criatividade impulsionada pela tecnologia pode gerar relevância e crescimento dos negócios. Não a toa, essa união foi justamente o propósito defendido pela Accenture quando adquiriu a Droga5 lá em 2019. Abaixo, destaco alguns dos principais pontos da participação de Droga no Web Summit carioca:
• Criatividade é essencial, não um bônus: Segundo o CEO, a perspectiva de que as pessoas lógicas e lineares fazem o mundo funcionar, enquanto as pessoas criativas tornam a vida mais interessante e valiosa, é fundamental para valorizar a criatividade no mundo atual. David defende que a criatividade deve ser considerada uma habilidade essencial, e não apenas uma habilidade extra, para garantir o sucesso das empresas.
• A Evolução da Criatividade: Para David Droga, a criatividade vai além do design, da narrativa e da emoção. Ele acredita que a criatividade é sinônimo de inovação, ambição e humanidade e deve ser aplicada em todas as facetas do trabalho. Essa perspectiva permite transformar negócios e gerar impacto além do mero marketing e comunicação.
• O Potencial da IA Generativa: Droga demonstra otimismo em relação à inteligência artificial generativa, acreditando que a tecnologia deve mudar os papéis criativos para melhor. Ele afirma que a IA não vai marginalizar a criatividade, como muitos temem, mas vai eliminar o “meio termo medíocre e confuso”, permitindo aos profissionais se concentrarem em ideias mais inovadoras e impactantes. A tecnologia pode automatizar parte do trabalho, mas nada vai substituir a necessidade de ideias originais e emocionantes
• Cultivando uma Cultura de Criatividade e Inovação: Para criar uma cultura de criatividade e inovação em uma empresa, David sugere ter especialistas no comando, focar na resolução de problemas em vez de apenas vender. É preciso dar liberdade às pessoas para se expressarem e correrem riscos. Ele enfatiza a importância de encorajar todos os funcionários a serem criativos, pois a criatividade deve ser vista como uma responsabilidade de todos.
• Mantendo-se Conectado às Emoções: David também ressalta a necessidade de manter-se conectado às coisas que o emocionam e perguntar por que o público-alvo deve se importar com seu trabalho. Isso pode ajudar a alimentar a criatividade e garantir que as ideias e soluções desenvolvidas sejam relevantes e cativantes para o público.
• Contratando Talentos e Criando Trabalhos Ambiciosos: Droga reafirmou seu apetite por trabalhos ambiciosos e como ele pensa na contratação de talentos. Para ele, é essencial atrair profissionais criativos e inovadores, capazes de transformar ideias em soluções que gerem impacto no mercado e nos negócios.
Pelo visto, desde que vendeu sua agência, a visão de criação com impacto de David Droga não mudou. Os números provam que a parte do negócio vai muito bem, obrigado, e o reconhecimento criativo dos times liderados pelo executivo – tão laureados nas duas últimas décadas – também começa a se repetir.
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