Web Summit 2023 – Rio: Entre 900 startups e 500 investidores, prepare-se para reflexões e conexões

Já tinham me alertado que a fortaleza do Web Summit são as conexões. Antes de o evento começar, olhando o App já deu pra entender que isso é um fato: o aplicativo tem uma boa usabilidade quando o tema é se conectar: você pode conversar pela própria plataforma com os participantes e até mesmo marcar um café durante o evento. Além disso, os números são impressionantes: o evento conta com mais de 900 startups e 500 investidores. 

Na abertura do Web Summit, entre pitches de startups, palestrantes internacionais e apresentadores de TV, o primeiro dia do evento me trouxe algumas reflexões. 

1. Parcerias e soluções: trabalho com inovação aberta há muitos anos, mas não canso de reforçar: olhem para fora de suas empresas. Muitas soluções para os problemas existentes já existem no formato de startups. Antes de construir internamente, sempre vale fazer um belo scouting e validar se de fato já não tem alguém que possa ser seu parceiro no ecossistema. No evento ouvimos o pitch de 9 startups em temas diversos: climate tech, futuro do trabalho, cyber segurança, fintech para a geração Z, saúde da mulher. Todos desafios contemporâneos. 

Destaco aqui duas:

– InPlanet: startup alemã que pretende remover 1GT de CO2 da atmosfera até 2050 e para isso ataca 5 diferentes frentes dentro de uma plataforma: construção de base de dados, substituição de aditivos na agricultura, conexão entre mineradores e agricultores, geração e venda de crédito de carbono.

– Bud: startup brasileira que afirma que hoje os players de saúde mental atuam em fatores secundários dessa epidemia. Já Bud, vai na causa raiz: mexe com os fatores do core do trabalhador que geram burnout, aumentando colaboração e autonomia.

2. Esteja preparado para imprevistos: esse takeaway é um clichê, porém é sempre bom lembrar! Na abertura do evento, tivemos muitos problemas de infraestrutura e foi necessário jogo de cintura dos apresentadores para manter a compostura! Um destaque especial para as mulheres empreendedoras, que mesmo com todos os desafios de microfone, conseguiram apresentar seus pitches, em inglês, sem passar nervosismo. 

3. Movimentos sociais e marcas: não existe mais a opção de ficar em cima do muro quando o tema é posicionamento. No papo entre Ayo Tometi (criadora do movimento Black Lives Matter) e Maju Coutinho, além desse ponto de reflexão, citando as redes sociais como um bom canal para fazer isso. 

4. Reconexão e ancestralidade: fomos lembrados da importância de valorizar nosso conhecimento ancestral, conhecendo mais das culturas indígenas que compõem nosso país, pela Txai Surui (ativista Amazônica), que trouxe um ponto de vista interessante de que a ancestralidade e tecnologia podem andar juntas para resolver problemas da humanidade.

Se você vai ficar para o restante do evento, não deixe de se organizar para fazer boas conexões e, se tiver tempo, faça uma visita ao Museu do Amanhã, que traz boas reflexões sobre o futuro que queremos construir. Se você, assim como eu, não poderá ficar até o final do evento, acompanhe a transmissão das palestras online no Youtube. Essa semana promete!

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