Após alguns dias de atraso – graças a quantidade insana de atividades, conteúdo e experiências-, como prometido, preparei um breve resumo sobre os meus destaques dos últimos dias no SXSW. O evento segue surpreendendo positivamente em vários aspectos. Sigo assistindo keynotes e painéis que trazem debates sobre nosso mundo no futuro.
No sábado, o painel mais aguardado por mim — e não podia ser diferente — foi o painel que contou com a participação do meu irmão, Thiago Oliva, referência em direitos humanos. E, como meu papel de colunista me obriga a ser imparcial, gostaria de compartilhar o tema para que vocês criem suas próprias opiniões sobre o assunto.
O painel dele “Protegendo a mídia social para grupos marginalizados“, em tradução livre, trouxe um debate super aprofundado sobre o papel das plataformas de redes sociais sobre moderação de conteúdo e como proteger as minorias nesses ambientes. Foi incrível entender a complexidade de se moderar conteúdo, considerando os diferentes idiomas e os diferentes contextos, sem atrapalhar nossa liberdade de expressão e o mais importante: fazer isso de uma forma que as plataformas protejam as minorias para que elas possam ser quem elas, de fato, querem ser. Quando elas se sentirem protegidas, será o momento em que, realmente, teremos liberdade de expressão. É nítido que existe muito trabalho a ser feito, mas me aqueceu o coração saber que existem pessoas como meu irmão, a Alejandra Caraballo e a Suzanne Nossel desbravando esse tema com toda sua complexidade.
Já no domingo, o destaque foi o painel do Mark Cuban (um dos Shark Tanks) e a Isabella Casillas Guzman, a latina com a maior hierarquia no governo Biden e responsável por pela área de desenvolvimento de pequenos negócios. Ambos trouxeram a importância do empreendedorismo para nós, tanto como indivíduos quanto como sociedade. A provocação do painel mostrou que todos possuímos um lado empreendedor, mas nem todos colocamos isso para fora. Entretanto, quando a pandemia estourou, tivemos que ser criativos e o número de pequenas empresas cresceu muito. Isabella Casillas Guzman mostrou a força que as pequenas empresas possuem na economia dos EUA e um destaque especial foi a história de três mulheres empreendedoras que, apesar de todos os desafios impostos, começaram seus negócios e estão “engajadíssimas” em fazê-los crescer cada vez mais!
Na segunda-feira, fui atrás de um tema que me encantou da última vez que estive em Austin: longevidade. A cada ano que passa, nossa expectativa de vida aumenta e isso traz diversas implicações para a saúde, para a economia, para os negócios, para o meio ambiente e para nossas relações. Essas discussões têm chamado cada vez mais minha atenção.
O painel “Get ready for a 100 year life” trouxe o debate de forma aprofundada sobre as desconstruções que precisamos fazer para viver uma vida de 100 anos. A ideia de estudar, trabalhar, ganhar dinheiro e se aposentar, pode não fazer mais sentido nesse contexto de longevidade. A provocação do painel nos faz pensar que essa continuidade que estamos tão confortáveis talvez não faça mais sentido. Podemos escolher diferentes caminhos, começar e recomeçar.
Um gráfico que me chamou muito a atenção é uma curva J da felicidade, comprovando que ficamos mais felizes conforme ficamos mais velhos a partir dos 45 anos. Isso me fez refletir sobre a importância de mantermos relações com pessoas mais velhas em nossas vidas pessoais e profissionais. Será que essa longevidade ajudará os mais velhos a nos contaminar com felicidade? Eu, como empresário, repensarei minhas ações para contar com essa energia contagiante do meu lado.
E você, já conta com pessoas assim ao seu redor?
Nos próximos dias, vou me aprofundar em temas mais voltados para o entretenimento e a indústria de games. Espero ter várias novidades para vocês!
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