SXSW 2023: Criatividade, tecnologia e entretenimento que transformam

Estar no SXSW é um privilégio tremendo, me ajudando a compreender a convergência de coisas que normalmente não enxergamos no nosso dia a dia.

Durante o primeiro dia, já consegui ver como criatividade, tecnologia e entretenimento podem ser combinados com o objetivo de transformar negócios, vidas e, por que não, nosso mundo. 

Já na abertura oficial do evento, aprendi como todos nós, seres humanos, estamos conectados e a importância que a empatia tem em nossas vidas. Contando sobre experiências pessoais, Simran Jeet Singh (Instituto Aspen) trouxe como os fundamentos religiosos Sikh foram a base para que pudesse compreender os sentimentos sobre o racismo que sofreu por anos e, mais do que isso, como se posicionar a respeito. Para mim, foi uma excelente escolha para iniciar um festival que abraça a diversidade e propõe reflexões sobre um futuro completamente inclusivo.

Na sequência, o chairman da divisão de parques da Disney deu um show de Consumer Experience que só a casa do Mickey sabe dar. Josh D’Amaro mostrou a importância de experiências integradas via tecnologia, música, comida e, no caso da Disney, a construção de personagens fortes tem o intuito de criar o melhor e mais profundo storytelling para encantar o cliente em todas as esferas. De fato, após a palestra, sai com a impressão que a Disney talvez seja a melhor empresa do mundo em criar histórias usando a maior quantidade de dimensões possíveis.

A palestra mais esperada do dia era a do Greg Brockman, cofundador do OpenAi e criador do ChatGPT. Não sei se as expectativas eram altas demais ou as respostas do fundador foram muito rasas, mas a experiência frustou bastante. Discussões esperadas sobre as aplicações do ChatGPT, seus limites, suas consequências e seu futuro não foram desenvolvidas e recebemos as mesmas informações que encontramos em qualquer notícia já publicada.

Para fechar o primeiro dia, saí da zona de conforto e optei por uma palestra sobre BCI (Brain Computer Interface). O painel trouxe uma discussão aprofundada sobre as novas tecnologias que estão surgindo para ajudar nos tratamentos de doenças mentais, mas que também podem possuir outras aplicações como, por exemplo, melhorar nossa memória, humor, ansiedade e muito mais. Os convidados trouxeram perspectativas diferentes para o tema e levantaram uma pergunta para a audiência: “Quando essas tecnologias estiverem à disposição, vocês implantariam os dispositivos em seus cérebros?“

O mais legal foi ver o público dividido entre os “preocupados em se tornarem cada vez melhor” e “os interessados em manter nossas diferenças” (porque, talvez, seja isso o que nos torna humanos). De qual lado vocês estão?

Em resumo, foi um primeiro dia incrível. Cumprindo o meu propósito de refletir sobre temas que não estão ao meu alcance diariamente, mas me fazem expandir meus horizontes.

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