Uber faz apitaço em jogo para promover campanha de combate ao assédio
Influenciadoras também discutiram o assunto nas redes sociais e convidaram seguidores a assistirem aos vídeos educativos
No último domingo (28), em meio às partidas de Atlético Mineiro contra o Fluminense e Corinthians e Athletico Paranaense, a Uber promoveu um apitaço em dois momentos dos jogos. Apesar da estranheza inicial, o público logo demonstrou admiração quando os narradores explicaram se tratar de uma iniciativa do app de viagens em parceria com o MeToo Brasil para promover sua campanha educativa de combate ao assédio.
Para isso, a Uber desenvolveu vídeos educativos com o objetivo de alertar motoristas, entregadores parceiros e usuários para comportamentos que não são tolerados na plataforma da Uber, de acordo com o Código da Comunidade.
Esses vídeos estão sendo enviados pelo próprio aplicativo da Uber e também já estão disponíveis na página para que todos possam assistir, compartilhar e conhecer mais sobre as iniciativas do aplicativo no enfrentamento à violência contra a mulher.
Eles foram desenvolvidos em parceria com o MeToo Brasil e a consultoria da Sandra Vale, da Potência Diversa, e, com o título “Linha de Impedimento”, utilizaram a linguagem popular do futebol e das discussões de “mesa-redonda” a fim de criar paralelos com situações em viagens e entregas.
Inclusive, aqueles que assistirem a todo o conteúdo vão receber o selo “Viagem de Respeito”, que ficará visível em seu perfil para usuários. O selo já faz parte do perfil de alguns motoristas que escutaram todos os episódios do “Podcast de Respeito”, programa sobre violência de gênero lançado em 2019.
Além da intervenção no jogo de futebol, campanha contou com ação envolvendo diversos influenciadoras como Titi Müller, Marina Ganzarolli, Dandara Pagu, Bianca Santos e Fernanda Moreira. Nos posts publicados nas redes sociais, é possível ler relatos de motoristas e usuárias denunciando comportamentos inapropriados e não tolerados segundo a plataforma da Uber.
Marina Ganzarolli, que é idealizadora do MeToo Brasil, a campanha é importante porque, na maioria das ações de enfrentamento à violência contra a mulher, o foco está na vítima – pois, de fato, ela a parte mais vulnerável. No entanto, “é necessário dialogar e engajar os homens para que eles entendam os limites e o consentimento. Esse é um problema de todos”, completa.
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