A pedido de Adele, Spotify interrompe reprodução aleatória automática de discos
Opção ainda terá como ser habilitada, mas não acontece mais sem que o usuário a deseje de fato
Desde sempre um item polêmico entre os amantes da música, a reprodução automática de álbuns no modo aleatório está para acabar no Spotify. No domingo (21), a companhia confirmou à BBC que vai desativar a ferramenta para todos os discos disponíveis em sua plataforma, permitindo apenas que os usuários interessados a habilitem manualmente. A mudança vale para contas Premium.
A parte mais curiosa, porém, é que a alteração se deu não porque o público do streaming há tempos reclama da questão (polêmica por atrapalhar a experiência pretendida pelos músicos quando na criação), mas a pedido da cantora Adele. A artista chancelou a informação em seu perfil no Twitter, comentando que sua classe “não cria álbuns com tanto carinho e reflexão na lista de faixas sem razão” e que “nossas histórias deveriam ser ouvidas como pretendidas”.
Enquanto o Spotify respondeu a Adele na rede social com um “Tudo por você”, o gerente de comunicações em música da empresa, Chris Macowski, confirmou a mudança ao The Verge como uma função “há muito tempo pedida por usuários e artistas”.
O tema desde sempre movimenta a comunidade de música exatamente pelo automatismo do streaming, que impede que o usuário reproduza um disco de forma despreocupada por manter como primordial a opção do shuffle. Como Adele bem define acima, álbuns de música são criados com uma ordem específica de faixas definidas pelos artistas, mas o Spotify ia contra isso ao manter como primeira opção a reprodução aleatória.
Mais interessante é que a alteração aconteça agora com o novo disco da cantora, “30”, uma medida que faz muito sentido se considerar o fenômeno de vendas e audiência que a produção atraiu nesta primeira semana de disponibilidade – só o single “Easy on Me” é dono do maior número de reproduções em um dia no Spotify – é também sucessor do “25” que na época de lançamento foi marcado por ser contrário ao streaming. Em 2016, Adele fez questão de manter o álbum fora do meio, permitindo apenas a compra física ou digital da obra – o que no caso de “30” naturalmente não aconteceu.
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