Cidade de São Paulo vai exigir vacinação em dia para permitir entrada em estabelecimentos
Comprovante físico e plataforma digital estarão à disposição para garantir cumprimento da ordem, que acompanha recente suspensão da quarentena no estado
A cidade de São Paulo vai aderir ao projeto do passaporte de vacinação para reforçar o combate ao coronavírus. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (23) pela prefeitura, que confirma que o comprovante será exigido no comércio, serviços e eventos a partir de algum momento das próximas semanas.
De acordo com o Uol, o prefeito Ricardo Nunes declarou em coletiva que além do cartão físico de vacinação haverá uma versão digital do passaporte por meio de um aplicativo ainda a ser lançado. Datas oficiais para o início dos trabalhos ou do próprio lançamento da plataforma ainda estão para ser divulgados, mas a administração já garante que os locais e estabelecimentos que não cumprirem as exigências estarão sujeitos a multa.
O plano acompanha uma tendência adotada por outras cidades e países ao redor do mundo para garantir que a população se vacine contra a Covid-19 – uma questão que ganhou força nas últimas semanas com o crescimento de novas variantes e o novo agravamento da pandemia pela insistência de parte do público em não tomar as doses. Na França, desde julho o presidente Emmanuel Macron impõe um passaporte de vacinação a todos os estabelecimentos e atrações turísticas, impedindo que quem não tenha tomado a vacina entre nos respectivos locais.
No caso de São Paulo, a exigência inicial é de que o público esteja com o esquema vacinal em dia, de forma a permitir que quem tenha esteja à espera da segunda dose possa ainda ser admitido nos espaços. Na coletiva, Nunes disse que haverá um QR Code no app que exiba rapidamente aos fiscais todas as informações de saúde do usuário sem nenhum contato. A plataforma, batizada de e-SaudeSP, está em seus últimos testes esta semana e pode ir ao ar já a partir da próxima.
O plano acompanha a recente suspensão da quarentena no estado, ocorrida na última quarta-feira (17). Enquanto a administração do governador João Dória pretende liberar grandes eventos a partir do dia 1° de novembro, as preocupações seguem em alta perante as idas e vindas da pandemia – como lembra a Folha de São Paulo, bares e restaurantes da capital lotaram neste primeiro final de semana sem restrições de horário.
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