Argentina é o primeiro país da América Latina a reconhecer pessoas não-binárias
Pessoas contempladas com a mudança poderão ter documentos sem especificação de gênero
A Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a reconhecer oficialmente pessoas não-binárias, que agora poderão escolher não marcar gênero masculino ou feminino em seus documentos e passaportes. A mudança foi aplicada por decreto do presidente Alberto Fernández.
Com forte empenho nas pautas sociais, a Argentina tem tentado viabilizar pautas progressistas desde que o atual presidente assumiu o cargo. O reconhecimento dos não-binários chega apenas semanas após Fernández sancionar uma medida que reserva uma porcentagem de empregos públicos para pessoas trans, projeto que havia sido aprovado pelo congresso em junho.
“Nós temos que expandir nossas mentes e perceber que há outras formas de amar e ser amado, e que há outras identidades além da identidade masculina e da feminina”, disse o presidente na última quarta-feira, em uma cerimônia onde apresentou pela primeira vez os documentos pensados para a população não-binária. “Eles devem ser respeitados”, completou.
Agora, a Argentina se junta a um grupo seleto de países que já avançaram essas pautas, como Nova Zelândia, Canadá e Austrália, além de alguns estados dos Estados Unidos. Na América do Sul, a Argentina é apenas o primeiro país a reconhecer o não-binarismo.
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