Time-Lapse revela o impressionante mundo de “Red Dead Redemption”
Mesmo com sua predominância cultural, há muito tempo ainda se discute se videogames são uma forma de arte. Pra quem jogou qualquer coisa da Nintendo, Team Ico ou da Rockstar – muitas vezes referenciada como “a Pixar dos games” – não resta dúvidas. E não falo apenas em aspectos técnicos, mas de roteiro e narrativa.
Os argumentos opostos dizem que games nunca poderão ser arte, pois são incapazes de transmitir complexidade emocional. Ou como disse o famoso crítico de cinema Roger Ebert em seu polêmico artigo “Video games can never be art”: “ninguém na indústria de jogos jamais poderá ser comparado aos grandes escritores, poetas e pintores”, pois, segundo ele, o controle do jogador tira o poder autoral da obra.
Essa discussão conceital é enfadonha, e geralmente parte de quem nunca jogou mais do que meia dúzia de games casuais. O caso de Ebert, por exemplo. E não que eu leve isso tudo a sério, pois o que muda um atestado oficial dizendo que games são uma forma de arte?
O fato é que artistas digitais trabalham anos debruçados em projetos capazes de impactar visualmente e emocionalmente um jogador, e criando pinturas tecnológicas impressionantes. O épico “Red Dead Redemption”, da Rockstar San Diego, é um caso recente de conquista técnica e artística decupado pelo pessoal da Digital Foundry.
Em um vídeo time-lapse, eles mostram como o universo velho-oeste do jogo se transforma. Em “Red Dead Redemption” faz dia, noite e chove como em mais uma centena de games – principalmente os de mundo aberto – só que as nuances dão uma escala grandiosa para essas transições, uma evolução notável do que foi visto em “GTA IV” da própria Rockstar.
1 hora do mundo real equivale a um ciclo de 24 horas em RDR, em que o uso da luz, texturas e camadas são capazes de criar um ambiente vivo por si só. No vídeo abaixo, o que a Digital Foundry fez foi se aproveitar da função “vista mode” presente em “Red Dead Redemption”: ou seja, se você larga o controle por alguns minutos, o jogo entra em um passeio por pontos de vista diferentes ao redor do enorme mapa explorado por John Marston.
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