Depois da aposta no streaming em 2021, filmes da WarnerMedia já retomam exclusividade nos cinemas em 2022
Mas acordo da companhia com a Cineworld já reduz janela de exibição nas telonas de 90 para 45 dias antes da estreia na locação premium nos EUA e no Reino Unido
Em meios aos trabalhos de reabertura de suas salas de cinema nos EUA e no Reino Unido, a exibidora Cineworld (dona da Regal Cinemas) confirmou nesta terça (23) a criação de um acordo de múltiplos anos para exibir com exclusividade nas telonas os filmes distribuídos pela Warner Bros. a partir de 2022.
O negócio é o primeiro firmado pela WarnerMedia desde o anúncio em dezembro da exibição simultânea nos cinemas e no HBO Max de seus lançamentos de 2021, decisão tomada por conta do prosseguimento da pandemia e contestada por seus efeitos na companhia em favor do streaming.
Apesar da retomada de acordos mais tradicionais no mercado, a parceria da Warner com a Cineworld vai seguir em ambos os países a tendência de diminuição da janela de exclusividade das produções nas telonas. De acordo com a Variety, o negócio prevê que os filmes do estúdio a partir do começo de 2022 permaneçam em exibição única nas salas da Cineworld por 45 dias após o lançamento no território estadunidense, enquanto no Reino Unido esse período encurta para 31 dias antes do debute na locação premium – mas o acerto já inclui uma cláusula que permite a extensão a 45 dias caso a divisão de bilheteria seja alterada.
Essa mudança segue parcialmente o modelo adotado pela Universal Pictures com a AMC (e depois com o Cinemark), que desde julho de 2020 mantém uma janela de exclusividade nos cinemas de três semanas para todos os lançamentos do estúdio. O período estabelecido pela Warner e a Cineworld também é o mesmo adotado pela Paramount Pictures, que a partir do debute do Paramount+ no início do mês estabeleceu que todos os seus filmes serão exclusivos das telonas por 45 dias antes de sair no seu serviço de streaming, incluindo títulos caros como “Um Lugar Silencioso Parte 2” e “Missão: Impossível 7”.
Como a Universal, o grande problema da WarnerMedia agora é como estabelecer esta relação para outras redes exibidoras e países – em especial quando o assunto são as produções mais caras. Com o HBO Max começando a ser lançado fora dos EUA a partir de junho e a pandemia ainda sem previsão de controle mesmo com a vacinação, a companhia tem a difícil tarefa de reestabelecer sua principal fonte de receita numa escala global a partir do próximo ano.
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