Ferramenta que detecta deepfake pelos olhos tem 94% de precisão
Método, porém, só possui alta eficácia em imagens com boa definição
Pesquisadores da Universidade de Buffalo desenvolveram uma ferramenta para identificar deepfakes. A pesquisa, segundo o The Next Web, detalha como foi construído o método para identificar quando uma imagem é gerada por tecnologia deepfake através de uma análise minuciosa de detalhes dos olhos. A diferença principal está no brilho e no reflexo do olhar.
A pesquisa chegou à conclusão de que, em imagens reais de seres humanos, os reflexos nas córneas de uma pessoa tendem a ser idênticos. Já em deepfakes, os reflexos são diferentes. Ao testar a tecnologia com rostos alterados por deepfake, os pesquisadores de Buffalo descobriram que seu método possui 94% de eficácia.
Há, porém, limitações. A ferramenta é muito menos eficaz em fotos que não são retratos, e essas fotos possuem muito menos probabilidade de ter reflexos visíveis nas córneas. Ainda é, portanto, uma ferramenta que funciona com um tipo específico de deepfake e tem sua eficácia muito limitada.
Apesar de serem utilizados majoritariamente para fins humorísticos, os deepfakes são uma preocupação mundial em tempos de fake news. Em janeiro de 2020, o Facebook chegou a proibir quaisquer imagens que tenham alteração por deepfake em suas plataformas. Atualmente, várias gigantes do ramo tecnológico investem para criar ferramentas que detectem alterações em imagens, como o Google, que criou um banco de 3 mil imagens para treinar um software que detectará as imagens adulteradas automaticamente.
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