Racistas usam recurso do Google para atacar empresários negros
Empresa buscou destacar comércios de pessoas pretas no mês da consciência negra dos EUA, mas supremacistas promoveram enxurrada de avaliações negativas
Em fevereiro se comemora nos Estados Unidos o Mês da História Negra. Durante o período entre 1º de fevereiro e 1º de março, diversos eventos culturais, além de incentivos governamentais e iniciativas privadas acontecem para celebrar a história afro-americana e incentivar a comunidade negra do país. Em 2021, o Google criou uma ferramenta para as pessoas procurarem por comércios que são de proprietários negros, mas acabou tendo um problema.
Com o tempo, perceberam que a maioria dos comércios tinham muitas avaliações negativas em seus perfis e comentários agressivos nas páginas. Grupos racistas sequestraram a ferramenta para, então, atacar virtualmente a comunidade negra e seus empresários.
Apesar de poder parecer algo sem valor, é importante lembrar, por exemplo, que pesquisa recente da Forbes aponta que 93% dos americanos lêem avaliações locais antes de decidir fazer uma compra. Por isso, o movimento para sabotar os negócios de proprietários negros pode ter um impacto gigantesco nesses empreendimentos.
Apesar de o Google não ter culpa direta sobre o problema, é de se questionar o fato de a gigante tecnológica não ter previsto essa possibilidade. Em tempos de Black Lives Matter é essencial que iniciativas com boas intenções estejam também preparadas para que ataques de grupos de extrema-direita, ultranacionalistas e supremacistas raciais sejam previstos e controlados antes de ter um impacto na sociedade.
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