Mesmo a pedido de sua “Suprema Corte”, Facebook não vai relaxar medidas contra desinformação da Covid-19
Rede social estuda disponibilizar mais informações em torno da moderação dos conteúdos removidos, porém
O Facebook divulgou no fim da última quinta (25) a resposta oficial à primeira rodada de decisões emitidas pelo seu Comitê de Supervisão, formado no ano passado para julgar decisões tomadas pela rede social. Assinado pelo vice-presidente de comunicações globais Nick Clegg, o documento entre outros tópicos confirma que a plataforma não irá relaxar as medidas de combate à desinformação sobre a pandemia, uma proposição que ficou subentendida pelo conselho ao apontar como erro a remoção de um post afirmando que a hidroxicloroquina servia de cura ao coronavírus.
O tema é o único da lista que o Facebook não concorda em totalidade com a decisão emitida pelo comitê, vale apontar. No blog oficial, Clegg escreve que a companhia acredita que sua abordagem “de remover desinformação sobre a Covid-19 que possa levar a danos iminentes é a correta durante a pandemia”, acrescentando ainda que a plataforma segue atuando “em consulta com as autoridades globais de saúde”.
Na decisão, o comitê havia aconselhado a empresa a adotar “medidas menos intrusivas” sobre publicações no qual o potencial de dano físico fosse identificado, mas não iminente. Embora o Facebook não seja obrigado a seguir os direcionamentos dados pelo órgão, a rede social neste caso diz que vai testar disponibilizar a informação sobre se o conteúdo do usuário foi removido por moderação humana ou automatizada nos próximos meses.
No mais, a esmagadora maioria das 17 recomendações feitas pelo comitê em cima de seis casos analisados foi tomada pela plataforma com um mesmo discurso de “continuar a explorar a melhor forma de providenciar transparência” nos limites do que consideram “factível tecnologicamente” – ou seja, desconversar.
Além da disponibilidade de informação sobre a moderação, porém, há mais uma exceção curiosa nessa primeira réplica. Para resolver o caso de uma publicação que foi deletada por comparar o ex-presidente dos EUA Donald Trump a Joseph Goebbels, o Facebook anunciou planos de elaborar um guia de linguagem sobre o tema, a fim de tornar mais transparente o processo por trás da diretriz.
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