Disney vai fechar a Blue Sky, estúdio de animação por trás de “A Era do Gelo”
Produtora fechará as portas em abril, após 34 anos de funcionamento e 13 longa-metragens lançados
Já faz dois anos que a Disney concluiu a compra dos estúdios da 21st Century Fox, mas a companhia ainda realiza decisões drásticas na administração das novas propriedades. E depois de fechar as portas da Fox 2000 e renomear a Fox Searchlight e a 20th Century Fox, a vítima da vez é a Blue Sky Studios, que será desligada oficialmente no próximo mês de abril.
A informação vem do Deadline, que afirma que a decisão de encerrar a divisão de animação da Fox aconteceu por conta dos efeitos da pandemia no ecossistema de negócios do conglomerado – em resumo, a Disney aparentemente não vê como economicamente viável a sustentação de um terceiro estúdio na área. Ao veículo, um porta-voz declara que a manobra se deu “Dada a realidade econômica atual e depois de muitas considerações e avaliações”.
Cerca de 450 funcionários serão afetados pelo fim das operações, com a companhia já explorando possibilidades para realocar o maior número possível de trabalhadores – nenhuma outra empresa está envolvida na ação, porém. Além disso, a produção do longa-metragem “Nimona”, dirigido por Patrick Osborne, foi paralisada e cancelada pela Disney, faltando dez meses para os fins dos trabalhos e com um lançamento agendado anteriormente para 14 de janeiro de 2022. A produção de uma série derivada de “A Era do Gelo” no Disney+, porém, não será afetada.
Fundado em 1987 como um estúdio voltado a comerciais e efeitos visuais (incluindo o do primeiro “Tron”), a Blue Sky desde meados da década de 90 trabalha com animações, começando a partir de 2002 a produzir longa-metragens no formato para a 20th Century Fox. Até a conclusão da compra pela Disney, a companhia lançou 12 filmes e 10 curtas, ganhando reconhecimento do público pela franquia “A Era do Gelo”, que rendeu 5 filmes, e as seis indicações ao Oscar em toda sua trajetória – a última para “O Touro Ferdinando” em Melhor Animação, na edição de 2017.
O 13° e último projeto do estúdio, “Um Espião Animal”, foi lançado no começo de 2020 no Brasil e teve um desempenho de 171 milhões de dólares ao redor do globo. Foi um número decepcionante a uma produção que buscava se tornar uma nova franquia para o estúdio, que não conseguiu ter chance de recomeçar a trajetória dentro de outro conglomerado.
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