Anistia Internacional pede proibição do uso de reconhecimento facial
ONG compartilhou uma série de exemplos de como o software amplifica um policiamento racista e ameaça o direito das pessoas realizarem protestos
Uma nova campanha da Anistia Internacional quer mostrar que a tecnologia de reconhecimento facial não traz apenas vantagens à população. A ONG compartilhou uma série de exemplos de como o software amplifica um policiamento racista e ameaça o direito das pessoas realizarem protestos.
Nomeada “Ban the Scan”, a campanha foca na cidade de Nova York onde o reconhecimento facial já foi usado mais de 22 mil vezes desde 2017. Os vídeos chegam a pedir a proibição global da tecnologia, observando que o software geralmente está sujeito a erros e, mesmo quando “funciona”, pode exacerbar o policiamento discriminatório, violar a privacidade e ameaçar os direitos de liberdade de expressão.
A organização lembra que em agosto de 2020, o Departamento de Polícia de Nova York usou ferramentas de reconhecimento facial para rastrear o ativista Derrick Ingram, co-fundador da organização de justiça social Warriors in the Garden, que foi acusado de agredir um policial durante um protesto na cidade.
Também como parte da campanha, a Anistia Internacional está produzindo um mapa de crowdsourcing de todos os lugares em NY onde as câmeras estão digitalizando rostos. Em maio, os voluntários começarão a usar uma ferramenta para localizar geograficamente os dispositivos em toda a cidade e, talvez, conseguir evitá-los.
A organização também está desenvolvendo uma ferramenta para preencher pedidos de Lei de Liberdade de Informação para ver onde a tecnologia é usada em suas comunidades.
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