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YouTube vai começar a deletar vídeos que contestam vitória de Joe Biden nas eleições do EUA

Decisão acontece na esteira da certificação oficial da vitória do candidato, mas quase um mês depois das primeiras confirmações dos estados acontecerem

por Pedro Strazza
Capa - YouTube vai começar a deletar vídeos que contestam vitória de Joe Biden nas eleições do EUA
Imagem: President-elect Joe Biden gestures to supporters Saturday, Nov. 7, 2020, in Wilmington, Del. Credito: Andrew Harnik/AP/Glow Images

O YouTube anunciou no fim da última quarta (10) que vai começar a remover da plataforma qualquer conteúdo que alegue fraude eleitoral ou conteste a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020. A decisão acontece dois dias depois de todos os estados do país certificarem o resultado da votação, confirmando mais uma vez a vitória do candidato democrata.

Entre os vídeos passíveis da punição, a plataforma descreve como exemplo em seu blog oficial as produções que afirmarem que Biden venceu a eleição por conta de mentiras como uma série de glitches de software ou de erros de contagem dos votos. “Nossas políticas proíbem enganar a audiência sobre onde e como votar. Nós também desaprovamos conteúdos que alegam fraude ou erros que mudem o resultado de uma eleição norte-americana histórica” escreve a rede social no anúncio; “Em alguns casos, porém, isso significava permitir que visões controversas do resultado ou do processo de contagem dos votos da eleição atual conforme oficiais trabalhavam para finalizar a soma”.

Alguns dados sobre o uso da plataforma no período eleitoral também foram revelados, especificamente sobre os painéis eleitorais com informações da contagem. O recurso foi exibido aos usuários cerca de 4,5 bilhões de vezes, com duzentas mil aparições à parte rolando na seção de vídeos relacionados às buscas feitas no site. Além disso, 88% das publicações mostradas nos 10 primeiros resultados de procuras foram providenciados por fontes seguras de notícias, com a NBC e a CBS dominando.

Dado o contexto da manobra, é válido dizer que a atitude do YouTube chega mais de um mês depois da plataforma ser criticada por não controlar a publicação de vídeos com desinformação sobre a apuração das eleições presidenciais dos EUA. No começo de novembro, enquanto canais notórios por fake news como o verificado One America News Network publicavam vídeos alegando que Donald Trump teria sido reeleito, a companhia defendia a neutralidade declarando que “Como outras companhias, nós estamos permitindo estes vídeos porque a discussão dos resultados das eleições e da contagem dos votos é permitido”.

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