Prestes a lançar “Mulher-Maravilha 1984”, HBO Max chega a 12,6 milhões de assinantes ativos
Anúncio da estreia do novo filme da heroína ajudou serviço a ganhar impulso de 4 milhões no número de assinantes nos últimos dois meses
A WarnerMedia no momento encara um turbilhão de emoções graças à polêmica decisão de derrubar a janela de exclusividade dos cinemas, mas no momento o próximo grande desafio do estúdio é o lançamento de “Mulher-Maravilha 1984”, que nos Estados Unidos marca a estreia do modelo de exibição simultânea nos cinemas e no HBO Max.
E com o “dia D” agora tão próximo – o filme sai no streaming na data do 25 de dezembro nos Estados Unidos – é claro que as atenções do público começam a se voltar para a plataforma. De acordo com o The Hollywood Reporter, durante uma conferência com investidores nesta terça (8) o CEO da AT&T John Stankey que o serviço agora está “à frente do planejamento” da companhia ao registrar 12,6 milhões de usuários ativos.
Certamente afetado pela decisão de estrear o filme da super-heroína na plataforma (o anúncio ocorreu há quase um mês), o número representa um salto de 4 milhões em relação ao que foi divulgado pela Warner em outubro, em seu último relatório trimestral. Vale lembrar que estes 12,6 milhões representam a soma do público estadunidense que ativou o Max a partir de seu pacote de TV a cabo e aquele que assinou diretamente o serviço, ou seja, quem efetivamente está usando a plataforma – se vale o comparativo, no fim do trimestre passado apenas 8,6 milhões dos 28,7 milhões de assinantes do Max podiam ser incluídos nessa matemática.
Enquanto alega que as estatísticas favorecem o estúdio a “acelerar” os planos de expansão do streaming para o resto do globo, Stankey continua firme na convicção de que o plano de transferir todo o calendário de 2021 do estúdio para o Max é a melhor estratégia. Além de classificar a vitória como uma “vitória” tripla para a empresa, seus parceiros e consumidores, o CEO também argumenta que “ter a escolha” de ver no cinema ou no streaming é algo bom neste momento, ao invés de priorizar uma sobre a outra.
O executivo também tratou de responder às diversas críticas da indústria ao plano, incluindo aí de gente bastante próxima ao estúdio como o diretor Christopher Nolan – que chegou a chamar o Max de pior serviço do mercado. “Eu sei que há muito barulho no mercado e pessoas com diferentes pontos de vista, mas isso acontece toda vez que você vai mudar o modelo” alegou Stankey.
O fato é que agora todo o plano da Warner – e reações do mercado – depende dos números de “Mulher-Maravilha 1984”, que deve ficar um mês em exibição na plataforma. Será apenas 30 dias depois do Natal que o estúdio e Hollywood vão descobrir se a manobra é um grande presente para tempos tão turbulentos ou um erro de estratégia capaz de mergulhar o meio em uma nova série de dores de cabeça.
No Brasil, enquanto isso, “Mulher-Maravilha 1984” chega aos cinemas no próximo dia 17 de dezembro.
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