Novo corte de “Poderoso Chefão: Parte III” e “G.I. Joe” lideram painel da Paramount na CCXP Worlds

O painel da Paramount era um dos mais aguardados do primeiro dia da CCXP Worlds, e o estúdio não perdeu a oportunidade de abrir promovendo um de seus principais lançamentos para 2021: “G.I. Joe Origens: Snake Eyes”, continuação da série iniciada em “G.I. Joe: A Origem de Cobra” e seguida por “G.I. Joe: Retaliação”. O filme, que é dirigido por Robert Schwentke (de “Red: Aposentados e Perigosos”) contará a história de origem de Snake Eyes, como o nome sugere, e para o evento, a Paramount trouxe Henry Golding, que protagoniza o longa, e Larry Hama, quadrinista pai dos bonecos “G.I. Joe”.

Antes de responderem algumas perguntas externas, a dupla conversou sobre o universo, sobre como Golding se preparou para o papel – da parte física com a prática de artes marciais até a leitura dos quadrinhos para estar contextualizado com a história – e sobre como foi o processo criativo que originou a popular série de Larry Hama.

Essa parte do painel acabou não sendo tão interessante, já que as conversas entre Golding e Hama não trouxeram muitas novidades – afinal, saber que um ator está praticando artes marciais para protagonizar um filme de… Artes marciais não é lá uma grande novidade. Em compensação, o que veio a seguir redimiu a noite.

Mas o grande momento do painel provavelmente foi quando Andy Garcia se juntou a Marcelo Forlani para falar sobre o novo corte de “Poderoso Chefão: Parte III” lançado ontem no Brasil: “Poderoso Chefão – Desfecho: A Morte de Michael Corleone”. Houve até mesmo um curto trecho de Francis Ford Coppola (o próprio) falando sobre como ele e Mario Puzo idealizaram o projeto originalmente e sobre como o novo corte é mais fiel às ideias iniciais do que o lançado nos anos 90.

“As decisões saíram um pouco do controle dele (Francis Ford Coppola), e é algo que também aconteceu em outros projetos, como ‘Apocalypse Now’. Agora, agora acredito que o filme possa ser exatamente o que ele pretendia fazer desde o começo. O estúdio impôs até mesmo o título com ‘Parte 3’ porque provavelmente planejava fazer o 4, o 5, o 6…”, comentou Andy Garcia. “O final é diferente. Além disso, há uma maior clareza em como a trama de Michael Corleone (Al Pacino) e o Vaticano se relacionam. O filme é muito emocionante, vi recentemente e eu e meus amigos nos emocionamos bastante. É um orgulho enorme fazer parte disso”, completou.

Em seguida, foi perguntado a Garcia como foi trabalhar com um artista como Coppola. “Ele investe bastante tempo para encontrar o tom da cena e do filme, é algo que a maioria dos filmes não consegue ter e a maioria dos diretores não faz. Em minha carreira inteira, eu acho que só tive três verdadeiros ensaios antes das atuações, com Brian de Palma, Francis e Sidney Lumet”, disse o ator.

Coppola, assim como outros grandes diretores como Orson Welles, teve uma carreira marcada por, além de obras-primas, interferências constantes de produtores e executivos em suas produções, o que resultava geralmente em perda do controle do corte final do filme. No caso de Coppola, “Poderoso Chefão” se tornou um dos mais enaltecidos filmes de todos os tempos, o que dificultou bastante que o cineasta americano tivesse total controle da produção nas duas sequências – principalmente na terceira, já que “Poderoso Chefão: Parte II” também foi um sucesso arrebatador.