A tempo das eleições nos EUA, Microsoft anuncia “detector de deepfakes”
Video Authenticator faz parte de programa de defesa da democracia da companhia e consegue discernir o deepfake do que é apenas umas modulações de imagens reais
A Microsoft anunciou nesta quarta (2) o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de analisar e identificar manipulação em vídeos e fotos – o que em outras palavras significa que a companhia em tese conseguiu encontrar uma solução na hora de combater os deepfakes da rede.
Batizada de “Video Authenticator”, a tecnologia é descrita pela empresa no blog oficial como capaz de providenciar “uma porcentagem em tempo real de cada frame conforme o vídeo é reproduzido” e consegue entender “o limite cada vez mais nebuloso entre um deepfake e o fading sutil dos níveis de cinza que podem não ser detectados pelo olho humano”. O GIF abaixo reforça bem as diferenças sutis que o programa é capaz de notar.
O software foi criado pela equipe de pesquisa empresa em parceria com o time de inteligência artificial e o comitê de ética nas duas áreas, e faz parte do Programa de Defesa da Democracia da Microsoft, no qual a empresa busca proteger o interesse público dos ataques de desinformação do meio virtual – uma preocupação constante no Vale do Silício desde a eleição de Donald Trump à presidência dos EUA em 2016. De acordo com a companhia, o Video Authenticator utiliza do banco de dados públicos do Face Forensic++ e foi testado com sucesso no Deepfake Detection Challenge Dataset.
A expectativa da Microsoft é que o software seja disponibilizado primeiro no Reality Defender 2020, organização que busca aumentar os investimentos contra a desinformação e que deve guiar empresas e entidades junto da AI Foundation na maneira como utilizar do programa de forma ética no cotidiano. A tecnologia também será disponibilizada a jornalistas e campanhas que entrarem em contato com a RD2020 no site oficial.
Além do autenticador, a companhia também vai lançar com o sistema um leitor de imagens em forma de extensão de navegador que permite averiguar se o conteúdo que está sendo exibido é idêntico ao material original, fornecendo uma “marca d’água digital de autenticidade” na rede, e a criação de cursos em parceria com a Universidade de Washington, o Sensity e o USA Today para reforçar o pensamento crítico antes das próximas eleições nos EUA.
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