Facebook derruba grupo que planejava ataque armado contra manifestantes do Black Lives Matter
Protestos ocorriam por violência policial contra jovem negro que se encontra hospitalizado após policial atirar em suas costas
O Facebook derrubou uma milícia virtual de Kenosa, em Winsconsin, que planejava um ataque armado como resposta aos protestos de manifestantes do Black Lives Matter pela tentativa de assassinato de Jacob Blake Jr. pela polícia americana. Segundo o The Verge, que conseguiu acesso às imagens do grupo, a milícia chamada Milícia da Guarda de Kenosha organizou um evento chamado “Cidadãos armados para proteger nossas vidas e propriedades”. O grupo convidava “patriotas dispostos a pegar em armas para defender sua cidade dos bandidos”.
A notícia vem após dois protestantes serem assassinados a tiros por um jovem branco que carregava um rifle, de acordo com o The Washington Post. Não há, porém, qualquer confirmação de que o assassino possui ou possuía alguma ligação com a Milícia de Kenosha. Ao Engadget, o Facebook confirmou por meio de um porta-voz que está investigando a situação.
O evento também era promovido pelo InfoWars e o grupo da milícia possuía mais de 3 mil membros antes de ser derrubado. Ao longo de três dias, Kenosha foi tomada por protestos pela tentativa de asssinato de Jacob Blake, jovem de 29 anos que recebeu um tiro nas costas de um policial e que ainda está hospitalizado em condições graves. Poucos depois, houve o mencionado caso de dois jovens assassinados após um homem armado com um rifle ir em direção aos manifestantes.
Em um comunicado na manhã desta quarta-feira, dia 26, o grupo disse não ter certeza se um de seus membros atirou contra os manfiestantes, mas também não reprovou o atentado. “Não sabemos se o cidadão armado estava respondendo ao chamado da Milícia da Guarda de Kenosha”, afirmou o comunicado.
Desde 2018 o Facebook tem se atentado para eliminar da plataforma páginas, eventos e perfis que propaguem discurso de ódio, principalmente de grupos extremistas e conspiracionistas. Em 2019, por exemplo, a rede social afirmou que estaria banindo definitivamente todos os grupos que preguem a supremacia racial, como o grupo da alt-right americana que protestou em Charlottesvile.
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