Microsoft já conversou com Donald Trump sobre compra do TikTok, confirma CEO
Satya Nadella teve uma discussão preliminar com o presidente dos EUA e agora esperar apresentar um acordo de compra com a ByteDance até o próximo dia 15 de setembro
Em meio aos indícios crescentes de que o atual presidente dos Estados Unidos Donald Trump está pronto para assinar um decreto que derrube as conexões do TikTok com sua dona ByteDance, a chegada de um novo ator na treta ganhou bastante relevância nos últimos dois dias: a Microsoft. A companhia foi reportada na última sexta (31) como uma das interessadas em adquirir a operação e tocar a plataforma no país, afim de manter o imenso público do aplicativo intacto (e longe do Reels do Instagram, por consequência).
Se isso até então era um rumor, a informação agora foi confirmada pelo próprio Satya Nadella em uma publicação no blog oficial da empresa lançada neste domingo (2). O CEO não apenas confirmou a existência de uma conversa preliminar com Trump sobre o negócio como declarou que a companhia “está preparada para continuar as discussões que exploram a compra do TikTok nos Estados Unidos”.
“[A Microsoft] está comprometida em adquirir o TikTok sujeita a uma avaliação de segurança completa e providenciando benefícios econômicos aos EUA, incluindo aí o Tesouro” escreve Nadella no texto, comentando ainda que a empresa “espera perseguir discussões com a companhia parente do TikTok, a ByteDance, em uma questão de semanas”, na expectativa de fechar um acordo até o próximo dia 15 de setembro. A preocupação do momento com a rede social também é citada no post, com o CEO escrevendo que a Microsoft adicionaria “segurança, privacidade e proteções digitais de primeira classe” ao aplicativo enquanto “construindo em cima da atual experiência dos usuários”.
O mais interessante, porém, é que a compra em teoria não deve englobar a operação apenas na terra do tio Sam mas envolve também os territórios do Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia. Tudo mediado pelo Conselho de Investimentos Estrangeiros dos EUA (CFIUS), além da Microsoft citar a possibilidade de “convidar outros investidores norte-americanos para participar” do acordo em base minoritária.
Tudo é preliminar e ainda deve passar por diversas reuniões para ser viabilizado (se for), mas a data de 15 de setembro sugere que a Microsoft tem interesse em agilizar esse acordo na medida do possível. Isso não ocorre à toa, claro: se as afirmações de Trump estão corretas, a administração federal no momento está bastante ativa no desenvolvimento de um decreto para viabilizar o encerramento das ligações do TikTok com a ByteDance nos EUA, citando o uso de “poderes econômicos de emergência” e “ordens executivas” para “resolver” a questão.
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