Twitter aconselha marcas a ouvirem vozes negras antes de se manifestarem

Os protestos acarretados pelo assassinato de George Floyd têm incentivado reflexão em boa parte das grandes empresas no mundo. Dois executivos do Twitter decidiram, então, aconselhar marcas a lidar com questões raciais durante um momento de tanta tensão. God-is Rivera e Nicole Godreau, respectivamente diretora global de cultura e comunidade e estrategista de marcas do Twitter, decidiram se posicionar para melhorar o nível do debate e da comunicação na plataforma.

“Nos últimos dias de maio, houve uma troca: a atenção de todos foi direcionada para a questão racial, que já custou a vida de muitas pessoas de cor por todo o mundo e ao longo da história.” escreve Rivera; “Nas semanas seguintes, as marcas se posicionaram contra a injustiça social, confrontaram as escalas desiguais da vida dos negros nos Estados Unidos e chegaram a um acordo com sua própria cumplicidade nas desigualdades raciais. Pela primeira vez, a frustração, a raiva e a dor de uma comunidade inteira finalmente parecem estar sendo ouvidas e estão começando a receber seu reconhecimento há muito esperado nas salas de reuniões e nas salas criativas”.

Já Godreau divulgou um guia para que sua solidariedade seja expressa de forma respeitosa. Entre os tópicos, Godreau afirma que as manifestações do movimento Black Lives Matter não são um modismo momentâneo, reiterando que por mais que o assunto tenha conseguido uma notoriedade ímpar no atual século, a luta pela desconstrução da estrutura social racista é algo que existe há séculos.

Godreau ainda oferece uma lista de questões importantes a serem consideradas pelas empresas que desejam se posicionar. O texto fala sobre estudar os casos de racismo antes de agir, fazer escolhas por solidariedade e não retroceder (ou seja, não ceder às críticas de grupos de supremacistas que promovam boicote, por exemplo), criar relações reais e amplificar as vozes da comunidade.