Nos EUA, número de podcasts aumentou 129000% na última década
Só em 2019 foram sete milhões de episódios publicados no território, um número impensável quando comparado aos 350 mil lançados em 2010
Que o mercado de podcasts estourou na última década todo mundo sabe, mas até hoje é difícil mensurar até que ponto esta explosão se deu. Só nos EUA, por exemplo, um novo relatório da Stitcher aponta que o número de programas existentes cresceu 129000% nestes dez anos, sendo que foram 7 milhões de episódios novos publicados na plataforma de áudio só em 2019 – um número absurdo perto dos 350 mil lançados em 2010, por exemplo.
Publicado na semana passada, o documento é um rito anual da Stitcher e por um acaso marca os dez anos de vida da companhia que hoje é uma das principais opções de publicação no território estadunidense. E por lá, um dos gêneros que tem maior responsabilidade por essa oferta gigantesca são as minisséries documentais, que hoje ultrapassam a marca dos 52 mil programas graças ao sucesso de produções como “Chernobyl” e obviamente “Serial”, a tal pedra fundamental do podcast americano.
Além da expansão agressiva, o relatório também documenta que a duração média dos episódios lançados diminuiu, chegando hoje a ser 2,4 minutos mais curtos que a maioria dos capítulos publicados em 2013, e que a geração X ainda é a maior audiência do meio, com a faixa de idade entre 35 e 55 anos sendo a que ouve mais horas de conteúdo e assina o maior número de programas. Outro dado interessante é que pelo menos nos EUA a opção de consumo é o stream, dado que 2/3 dos episódios são ouvidos com apoio da internet ao invés de serem baixados para ser ouvir offline.
O relatório ainda conta com informações sobre o status da área durante a pandemia, que para muitos analistas indicava o início de uma grande crise para o meio na publicidade. Mas embora o Stitcher reconheça que a audiência como um todo tenha caído 14% entre 1° de março e 27 de abril, a empresa também afirma que a quantidade de horas ouvidas para cada programa começou a retornar aos padrões anteriores ao momento anterior do isolamento social na segunda metade de abril – o que indica que a tendência é que o mercado volte ao normal mesmo depois de ficar meses sem o consumo na permuta, seu “horário nobre”.
Você pode conferir o relatório na íntegra aqui.
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