Facebook passa a remover eventos de protestos que violam regras de isolamento social
"Eventos que desafiam a orientação dos governos sobre distanciamento social não são permitidos no Facebook", diz a empresa
O Facebook confirmou que está removendo de sua plataforma todos os eventos de protestos que violam as regras de isolamento social indicadas durante o atual momento de pandemia mundial. “Eventos que desafiam a orientação dos governos sobre distanciamento social não são permitidos no Facebook”, disse um porta-voz da empresa ao The Verge.
De acordo com o repórter da CNN, Donie O’Sullivan, alguns protestos que estavam sendo divulgados pela plataforma nos Estados Unidos, contra a continuação da quarentena nos estados da Califórnia, Nova Jersey e Nebraska, foram removidos depois que o Facebook consultou os respectivos governos estaduais. A empresa também está buscando orientação para saber se os protestos de Nova York, Wisconsin, Ohio e Pensilvânia também violam as regras de isolamento social.
Ainda segundo o Facebook, qualquer evento criado para gerar debates ou pedidos pelo fim da quarentena, por exemplo, serão respeitados. A proibição acontece para os eventos nos quais os organizadores incitam reuniões pessoais, que violam as orientações de saúde ou a tomada de precauções contra a disseminação do novo coronavírus.
Mark Zuckerberg reiterou a distinção em uma entrevista hoje ao Good Morning America: “É importante que as pessoas possam debater políticas, para que haja uma linha sobre isso além do discurso político normal. Mas muitas das coisas que as pessoas estão dizendo podem ser classificadas como desinformação prejudicial”, explica.
Desde janeiro, o Facebook está removendo postagem “projetadas para desencorajar o tratamento ou tomar as devidas precauções em relação ao novo coronavírus”.
Protestos contra o isolamento social e a manutenção da quarentena têm sido vistos com frequência nos Estados Unidos, especialmente incentivados pelo presidente Donald Trump, que chegou a tweetar um pedido para “liberar” Minnesota, Michigan e Virgínia na semana passada. No Brasil não é diferente, com protestos e carreatas realizadas em diferentes cidades do país, a fim de pedir a volta das atividades comerciais e o fim do distanciamento social (entre outras coisas), também com o incentivo do presidente Jair Bolsonaro.
Em todos os protestos é unânime a quebra dos protocolos de segurança indicados pelas organizações de saúde são desrespeitados, com a formação de aglomerações, cumprimentos com as mãos, entre outras práticas impróprias para este momento de pandemia.
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