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Quibi é acusado de roubar tecnologia de vídeo que permite mudar orientação de conteúdos no celular
Startup de vídeo Eko afirma que funcionários do serviço de streaming tiveram acesso a tecnologia e código que hoje é "praticamente idêntico" ao Turnstyle; Quibi nega acusações e entra na justiça
A chegada do Quibi no mercado agora está cada dia mais próximo, mas enquanto o dia 4 de abril não chega a companhia de Meg Whitman e Jeffrey Katzenberg passa por alguns problemas. Além do evento de lançamento da plataforma ter sido cancelado nos últimos dias devido à epidemia do coronavírus, o serviço de streaming desde ontem é acusado por uma startup de infringimento da patente do Turnstyle, a tecnologia de vídeo que permite que os conteúdos produzidos pelo app possam ser vistos na horizontal e na vertical nos celulares.
A startup no caso é a Eko, empresa de vídeos interativos que afirma que Katzenberg teria se encontrado com o seu CEO Yoni Bloch em março de 2017 para discutir um possível investimento do fundador do Quibi no negócio. Ao Wall Street Journal, a Eko declara que o Turnstyle é “uma cópia praticamente idêntica” de seu código e tecnologia, aos quais Katzenberg e o Quibi teriam tido acesso a partir de conversas entre funcionários das duas companhias em março de 2019.
O serviço de streaming nega as acusações, alegando não apenas que Katzenberg “mal se lembra da reunião” mas que o Turnstyle “foi desenvolvido internamente” e teria uma patente registrada na justiça sobre a tecnologia. A empresa também entrou com um processo contra a Eko na corte federal da Califórnia na última segunda-feira (9), acusando a companhia de realizar uma “campanha de ameaças e assédio” de acordo com o Hollywood Reporter e diz que a Eko teria feito a mesma pressão com a Apple.
A Eko por sua vez define a manobra como uma medida “de relações públicas” e diz que vai “tomar as ações legais necessárias para defender sua propriedade intelectual” no tribunal.
A briga deve aquecer nos próximos dias, até porque a estreia do Quibi ocorre em menos de um mês nos Estados Unidos e a tecnologia assim ficará disponível a todo o público. Enquanto isso, o streaming para smartphones segue confirmando novidades: além dos 50 programas já disponibilizados desde o lançamento, a companhia confirmou que vai veicular anúncios antes dos conteúdos, garantindo exclusividade a dez anunciantes (incluindo a AB InBev, a Procter & Gamble e a Pepsi) no primeiro ano de vida do aplicativo.
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