Nos Estados Unidos, streaming foi responsável por 80% da receita da indústria da música em 2019
Downloads e vendas de álbuns físicos continuam em declínio no relatório da RIAA, mesmo com o vinil obtendo seu melhor ano financeiro desde 1988
Assim como no de séries e filmes, liderado hoje por serviços como Netflix e Amazon Prime Video, o mercado de streaming de música também teve uma rápida ascensão e logo tornou-se na principal ferramenta do mundo para consumir música. Não só o Spotify, que é líder isolado no mercado, mas também o Apple Music, o Tidal e o Deezer (além de outros), são fortes nomes deste mercado, que de acordo com uma nova pesquisa já representa 80% da receita musical nos Estados Unidos.
O relatório produzido pela RIAA (a Associação Americana da Indústria de Gravação) aponta que essa receita cresceu quase 20% em 2019, chegando a US$ 8,8 bilhões e representando 79,5% do mercado musical da maior indústria cultural do planeta. Segundo o TechCrunch, estes números indicam a maior receita da história do mercado de streaming.
Vale destacar que, para o relatório, o termo streaming engloba uma série de serviços como Vevo e YouTube, plataformas focadas em vídeo mas que também possuem muito conteúdo musical, principalmente no YouTube Premium. Outra curiosidade apontada pelo relatório é que, em 2019, o mercado de streaming foi sozinho superior a todo o mercado musical de 2017, mostrando a força de marcas como o Spotify e a Apple Music.
Os produtos físicos enquanto isso tiveram uma queda pequena, mas que é constante. CDs e discos de vinil venderam 0,6% a menos em 2019, e chegaram apenas a US$ 1,15 bilhão. Curiosamente, 2019 foi o melhor ano para o vinil desde 1988, alcançando 504 milhões de dólares, mas a brusca queda de venda de CDs puxa as estatísticas para baixo.
No caso dos CDs, eles acabaram perdendo espaço para o streaming, enquanto o vinil mantém-se forte por uma cultura de resgate que surgiu na última década, que preza pelo som característico dos discos e pela relação dos amantes de música com todo o conceito que envolve possuir um álbum físico. A tendência é que, enquanto os streamings se fortaleçam cada vez mais, os CDs percam espaço e os vinis se tornem, pelo menos a curto prazo, a única plataforma física ainda relevante, mesmo que totalmente relegada a um nicho específico.
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