Estudos apontam que pobreza não incomoda quem considera o capitalismo justo
Estudos mostram também que, nos Estados Unidos, pobres gastam um terço de seu dinheiro com saúde privada, enquanto ricos investem apenas 16%
Recentes estudos sobre desigualdade social apontam um comportamento interessante e bastante negativo. Três pesquisas diferentes analisam como os americanos encaram a desigualdade e de que espaço social estes americanos falam.
O primeiro, do SpringerLink, compara países baseado em seus problemas sociais, e colocou os Estados Unidos na posição 38 de 40 nações, entre Letônia e Uruguai e acima de Trindade e Tobago. Nesse ranking, os países com melhores pontuações foram Coréia do Sul, Cingapura, Islândia, Noruega, Suíça e Holanda.
O segundo, da Nature, é o mais impactante. Feito pela New York University, o levantamento mostra que as pessoas que acreditam que o sistema capitalista é justo, são as mesmas pessoas que menos se incomodam com a pobreza e a desigualdade, pessoas que não se incomodam com pessoas sem teto vivendo nas ruas e pedindo dinheiro.
O terceiro, da RAND Corporation, mostra que, nos Estados Unidos, os pobres gastam um terço de seu dinheiro com planos de saúde. Vale lembrar que, nos Estados Unidos, não há um sistema de saúde público, como há o SUS no Brasil, o que faz com que as opções oferecidas pela iniciativa privada sejam extremamente caros. O contraste surge quando o estudo aponta que, entre os mais ricos, apenas 16% de seu dinheiro é gasto com saúde. Em média, um americano gasta pouco menos de dez mil dólares anuais com serviços de saúde.
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