Até o Vimeo foi acusado de coletar dados dos usuários sem permissão
Plataforma será processada no Illinois por promover coleta e armazenamento de informações biométricas dos usuários sem pedir a devida permissão
O meio digital vive uma crise contínua de privacidade desde o escândalo do Facebook com o Cambridge Analytica no começo do ano passado. Há de tudo e para todos os gostos, de aplicativo de namoro especializado em ménages vazando informações de usuários a aplicativo que envelhecia fotos fazendo a rotina de coleta de dados indevida dos celulares de seu público, chegando ao ponto de grandes empresas como o Google sendo flagradas acessando informações sem motivo maior.
O caso da vez envolve agora o Vimeo, que virou motivo de uma ação judicial coletiva no estado norte-americano do Illinois por aparentemente coletar e armazenar dados biométricos de usuários. A origem da discórdia está no aplicativo Magisto, que a companhia adquiriu em abril e permite que o site ofereça um serviço de edição de vídeo dentro da plataforma. De acordo com o processo submetido à corte de Illinois, a empresa teria “criado, coletado e armazenado” com o Magisto “milhares” de templates de rostos, ou seja, mapeamentos geométricos das faces dos usuários que poderiam ser utilizados para alimentar bancos de dados de tecnologias de reconhecimento facial.
Embora esta coleta aconteça tradicionalmente em diversos serviços online, o processo alega que o Vimeo não teria notificado seus clientes sobre este procedimento e, portanto, não teria obtido consentimento destes para armazenar tais informações. Isto de fato viola o Ato de Privacidade da Informação Biométrica (BIPA) do estado, que requer das empresas manter públicos e por escrito os registro de processos e prevê compensações entre mil e cinco mil dólares por indivíduo em caso de violação dos termos.
O Vimeo não foi a única companhia que já sofreu com problemas por violar o BIPA. Enquanto no fim do ano passado o Google chegou a ser processado com base na lei, o Facebook atualmente passa pela justiça de Illinois justo por conta dela, inclusive tendo visto um pedido de arquivamento ser negado no fim do mês passado.
O processo contra o Vimeo ainda não tem data para ser julgado na corte estadunidense.
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