Facebook utilizará vídeos com bodycam para treinar algoritmo anti-terrorista
Empresa fecha parceria com autoridades do Reino Unido para treinar o algoritmo que identifica vídeos feitos por terroristas
O Facebook fechou uma parceria importante para aprimorar seu sistema de detecção de conteúdo inadequado. De agora em diante, a empresa de Mark Zuckerberg utilizará registros das autoridades do Reino Unido feitos com bodycam (as câmeras anexadas aos uniformes de policiais, bombeiros etc) para treinar o algoritmo que identifica vídeos feitos por terroristas – como no caso do supremacista branco de extrema-direita que realizou o ataque a uma mesquita na Nova Zelândia – e, então, derrubá-los.
De acordo com o Financial Times, o Facebook também está trabalhando para fechar parcerias com autoridades americanas, para que elas também contribuam com o projeto, que foi mesmo motivado pelo mencionado ataque terrorista na Nova Zelândia, transmitido em uma live realizada na página do supremacista branco responsável pela tragédia.
“O vídeo do ataque em Christchurch não foi identificado por nossos sistemas de detecção automática porque não tínhamos conteúdo suficiente representando imagens em primeira pessoa de cenas violentas para treinar efetivamente nossa tecnologia de aprendizado de máquina”, afirmou o próprio Facebook, em um comunicado à imprensa.
Os registros recebidos pelo Facebook para treinar seus sistemas são diversos. Entre eles, está incluso simulações de ataques terroristas feitas em treinamentos da polícia, além de situações de negociação de reféns em ambiente terrestre, transportes públicos e em alto mar. O projeto também beneficiará os mecanismos de defesa do Instagram.
Como lembrou o The Verge, essa não é a primeira medida tomada pela empresa para proteger a plataforma e os usuários. Em maio, o Facebook criou novas restrições para transmissões ao vivo, impondo um limite de apenas uma infração para que a página seja banida da plataforma. Além dessas medidas, o Facebook também tem trabalhado para remover organizações terroristas e que propaguem o ódio da rede social.
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