Nos EUA, Tinder e Bumble financiam festas de fraternidades para aumentar número de usuários
Em troca de produtos e financiamento para seus eventos, residências obrigam os convidados de suas celebrações a instalar o aplicativo em seus celulares
Num esforço um tanto não ortodoxo de inflar os números de usuários a qualquer custo, as redes sociais de relacionamento Tinder e Bumble estão financiando festas de fraternidades nos Estados Unidos em troca de novos clientes para suas plataformas. A informação vem de uma reportagem do The Houston Chronicle, que relatou como ambas as empresas vem tocando esquemas muito parecidos em casas do tipo para conseguir chegar aos núcleos jovens da região.
A estratégia no caso é muito simples, mas perturbadora. Depois de um contato pela página de “embaixadores da marca” do aplicativo ou através de estagiários trabalhando nas empresas, as fraternidades entram em um acordo de “exclusividade de aplicativo” que as torna em “casas Tinder” ou “casas Bumble”, a partir daí recebendo financiamento para suas festas ou produtos.
Para retribuir o fluxo de caixa adicional, estas residências passam a incluir a plataforma como item obrigatório de suas festas, com direito a um QR Code que ajuda os convidados despidos da ferramenta a baixar o app com maior velocidade. Se a pessoa não tem a rede social da patrocinadora (ou no caso do Tinder, a versão U do app) instalada em seu celular, ela não entra na festa – e isso inclui até mesmo aquelas que estão em um relacionamento sério.
Esta prática até o momento tem acontecido nos arredores das universidades do Texas, Oklahoma, Tulane e Northwestern, e embora os detalhes destes acordos não estejam disponíveis ao público o Houston Chronicle relata que há incentivos monetários para que as residências consigam mais usuários às plataformas – ou seja, bônus para as casas que mostrarem as maiores taxas mensais de crescimento.
É um esquema obviamente benéfico para as duas empresas, conforme expande o número de usuários entre 18 e 25 anos que é um dos principais grupos demográficos de suas respectivas bases, mas ele não deixa de ser uma prática um tanto sacana. Afinal, o patrocínio impõe a quem quer que curta ir nestas festas a obrigação de ter instalado o app no smartphone, mesmo que ela não deseje criar um perfil na rede.
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