Depois de polêmica com vibrador, CES 2020 vai incluir brinquedos eróticos na categoria de saúde
Medida por enquanto é provisória e busca entender onde itens do tipo podem ser incluídos dentro da premiação do evento
Realizada no começo do ano, a última Consumer Electronic Show (CES) deu o que falar na mídia ao premiar um vibrador com seu prêmio de inovação em robótica, mas não pelo lado positivo. Pouco depois de anunciar a vitória do Osé na categoria, a organização decidiu pedir de volta o troféu da empresa responsável pelo produto, a Lora DiCarlo, alegando que o aparelho era “imoral” e portanto estava desqualificado da competição promovida pelo evento.
A notícia pegou muito mal – até porque outros produtos eróticos já haviam recebido a honraria no passado – e a feira no fim acabou voltando atrás de novo e devolvendo o prêmio ao Osé, mas a CES pelo visto quer evitar que controvérsias do tipo se repitam em próximas edições. Responsável pela organização da feira, a Consumer Technology Association (CTA) anunciou na terça-feira (16) que a partir de 2020 brinquedos eróticos poderão ser inscritos no evento, dentro da categoria de Health & Awareness que é dedicada à área da saúde.
A medida por enquanto é provisória e usará a edição 2020 da CES de teste, mas a CTA garante que itens do tipo que forem “inovadores e que incluírem tecnologias novas ou emergentes” poderão ser inscritas sem maiores problemas.
“O que nós estamos procurando são tecnologias realmente inovadoras que mudam o mercado tecnológico sexual” declarou a vice-presidente da CES Karen Chupka na coletiva de imprensa do anúncio; “O que queremos dizer é que não queremos ver pilhas inteiras de estandes com vibradores padrões”. Ainda de acordo com a executiva, a decisão de incluir produtos do tipo na categoria de saúde é provisória pois a CTA querem entender se os itens eróticos tem mesmo a ver com a área ou devem ser remanejados para outro prêmio.
A discussão pelo visto foi tamanha que além de mover vibradores e outros itens “sexuais” para Health & Awareness a CES também decidiu tomar medidas que eliminem a objetificação feminina na feira, incluindo aí medidas mais rígidas de vestimenta para reduzir drasticamente a presença das “booth babes” – as funcionárias de estande que usam vestidos curtos e com decotes minúsculos – no evento.
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