Representatividade trans na publicidade: público prefere marcas que são autênticas em seu posicionamento
Estudo realizado pela Kantar mostra que público está atento às marcas que abordam questões de gênero em suas comunicações
Um estudo realizado pela Kantar, empresa de dados, insights e consultoria, mostra que o público está atento em como as marcas abordam a questão da diversidade de gêneros em suas comunicações, principalmente em relação à representatividade trans na publicidade.
De acordo com um recorte da pesquisa “AdReaction – Getting Gender Right”, embora haja aprovação pela iniciativa de trabalhar campanhas que trazem diversidade, o público prefere as marcas que fazem isso de maneira autêntica e responsável, não apenas para “surfar na onda”, ou ainda como um meio de exploração para criar engajamento e discussão em seus perfis.
Os consumidores, em especial a comunidade LGBT+, estão de olho se um posicionamento diverso e inclusivo faz parte da identidade da marca ou é apenas uma tentativa desesperada de conquistar o famoso “pink money”.
Maura Coracini, líder da área de Mídia & Digital da Kantar, ressalta que “nem todas as marcas vão querer abordar diretamente o gênero como um espectro, ou ter permissão para isso, mas outras podem se sentir capazes de levantar essa bandeira e usá-la como um ponto de diferenciação e identidade para a marca”.
Segundo a análise, campanhas que abordam o assunto de forma autêntica, apresentam uma performance melhor com as mulheres, por exemplo. “Isso pode ser um sinal de que elas estão mais receptivas às marcas que estão atentas e quebrando paradigmas na questão de diversidade de gêneros”, diz Maura.
Dois exemplos de propagandas analisadas que tinham protagonistas trans e performaram melhor entre as mulheres foram a da L’Oreal Paris, “Being a Woman”, e do sorvete Magnum, “Be True to Your Pleasure”.
O AdReaction também reuniu algumas recomendações para marcas que queiram se posicionar e dar uma representatividade maior ao público trans e mesmo outros grupos da comunidade LGBT+. Entre as dicas estão o desafio de suposições e esteriótipos; a criação de um trabalho
contínuo (que vá muito além do mês de junho), e que agregue e gere valor internamente e externamente, além de um posicionamento claro da marca em relação ao assunto.
O relatório completo do “AdReaction – Getting Gender Right” pode ser conferido aqui.
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