Facebook bane Alex Jones e Louis Farrakhan por ativismo de ódio
Plataforma fecha o cerco para quem compartilha discurso de ódio de fake news
No meio de 2018, as principais plataformas da internet começaram a se mobilizar contra grupos que propagam discurso de ódio e fake news. Em agosto, os famosos podcasts de Alex Jones, do InfoWars, foram banidos do Spotify e do Apple Podcasts. Logo em seguida, as páginas de Jones foram banidas do Facebook.
O motivo? Jones, sua empresa e suas páginas propagavam fake news abjetas, como a de que o massacre escolar em Sandy Hooks foi orquestrado pela esquerda americana para fortalecer o lobby anti-armamentista. De acordo com a teoria de Jones, não houve vítimas em tais massacres, e os familiares em luto seriam atores contratados.
Pouco tempo depois, foi a vez de o Twitter, o YouTube e o Vimeo se posicionarem sobre o caso: ambos também removeram o conteúdo de Jones e outros criadores de teorias da conspiração de suas plataformas. Vale lembrar que, após ir à julgamento na corte americana, Jones afirmou que suas teorias são fruto de um surto psicótico, e não de algum embasamento na realidade, a fim de tentar esquivar-se de uma punição.
Agora, as plataformas se unem novamente para dar um passo adiante no combate à desinformação e à propagação de ódio: Alex Jones e outros ativistas como Louis Farrakhan, ativista racial que é acusado por muitos de promover discurso de ódio e violência por conter um discurso homofóbico e antissemita, foram removidos definitivamente e marcados como persona non grata no Facebook.
Além deles, outros nomes foram removidos da plataforma, como Milo Yiannopoulos, Laura Loomer e Paul Joseph Watson, todos funcionários do InfoWars, veículo americano de extrema-direita que tinha Alex Jones como principal porta-voz.
Ao The Verge, o Facebook se posicionou por meio de um porta-voz:“Nós sempre banimos indivíduos ou organizações que promovem ou protagonizam atos de violência ou possuem ideologias que atacam indivíduos com base em sua raça, religião, etnia ou orientação sexual”.
O The Verge aponta que essa movimentação para banir definitivamente páginas de propagação de ódio parece estar diretamente motivada pelos últimos atentados terroristas, como o massacre na Nova Zelândia. Os responsáveis por atentados do tipo compartilhavam mensagens de ódio em fóruns privados e possuíam de ideias políticos de pessoas como Jones: ambos acreditavam que há um plano para destruir a cultura cristã do ocidente para implementar o islamismo.
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