Grindr pode ser vendido por não garantir privacidade dos usuários
Aos olhos do governo dos Estados Unidos, aplicativo de relacionamentos não garante a segurança dos dados das contas
O Grindr é hoje o maior aplicativo de encontros focado na comunidade LGBTQ+ e possui em torno de 30 milhões de usuários pelo mundo. O sucesso, porém, não impede que a existência do app – ou pelo menos a manutenção atual de seu serviço – esteja em risco.
Isso porque a empresa detentora do Grindr, a Beijing Kunlun, pretende vender o aplicativo comprado por ela em 2016. O motivo? O governo americano tem pressionado a companhia baseado em sua forma de lidar com os dados dos usuários, e agora pressiona a Kunlun por mudanças pois acredita que o app represente um risco à segurança nacional.
Após os escândalos de espionagem e venda de dados vistos nessa década, como o caso Cambridge Analytica, a preocupação com a privacidade se tornou um fator de peso nas decisões relacionadas à interne. E pelo menos de acordo com o governo americano, o Grindr não garante a segurança dos dados de seus usuários.
De acordo com reportagem da Reuters, o Grindr chega até mesmo a compartilhar as informações de usuários com HIV, juntamente aos dados pessoais como e-mail, GPS e telefones. Alguns meses depois, foi descoberto que o Grindr foi usado por outros apps até mesmo para revelar o registro de localização dos usuários.
A Kunlun comprou parte do Grindr em 2006 por U$ 93 milhões, comprando o restante em 2008 para se tornar a única proprietária do app. Com a pressão do governo e a possível desvalorização pela exposição no caso, é provável que a Kunlun venda seu app nos próximos meses.
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