SXSW 2019: As 5 maneiras que um vídeo pode te enganar • B9

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SXSW 2019: As 5 maneiras que um vídeo pode te enganar

Das filmagens fora de contexto aos distópicos deepfakes, como identificar as fake news em vídeo

por Carlos Merigo

Notícia falsa tem de todo o tipo, cor e tamanho. O animal humano é assustadoramente criativo na hora de criar mentiras e manipulações. Pode ser desde aquele boato repassado boca a boca ou uma suposta manchete compartilhada, até fotos, prints, memes, áudio de WhatsApp, e por aí vai. A lista é interminável.

Em apresentação no SXSW 2019, os jornalistas Nick Cohen e Hazel Baker, da Reuters, exploraram um tipo de formato preferido dos mentirosos: o vídeo. Não parece novidade, certo? Mas acredite, é um conteúdo com muito futuro pela frente.

Claro, o papo vai culminar nos chamados deepfakes – aglutinação dos termos deep learning e fake – que são considerados o novo pesadelo de desinformação para nos perseguir nos próximos anos. Mas antes dessa distopia tecnológica, vale lembrar que os vídeos são utilizados de diversas outras formas como veículos de enganação.

Hazel Baker e Nick Cohen são líderes globais de notícias e produção de vídeo da Reuters

Cohen e Baker criaram uma Escala Crescente de Engano, que serve para medir o nível de manipulação e quão memorável e tangível é um caô. Acompanhe:

1.O primeiro e mais popular estágio das fake news em vídeo diz respeito a filmagens que foram tiradas de contexto. Seja inserindo uma nova legenda ou título, trocando o GC da reportagem de TV, ou simplesmente propagando o vídeo como se estivesse inserido em outra situação ou país.

Segundo os jornalistas, esse é o tipo mais comum de manipulação de vídeo. Você certamente já foi impactado por um material assim. Alguém manda um vídeo dizendo que aquilo aconteceu em tal lugar, mas na verdade foi em outro.

Apesar da grande capacidade de estrago, são mais fáceis de serem identificados e desmentidos, principalmente se o vídeo original for fácil de ser encontrado.

2. O segundo estágio da escala de engano já inclui edições no material original. Cortes no vídeo, troca de áudio, inserção de cenas, etc. A adulteração, na maioria das vezes, também pode ser facilmente identificada por profissionais.

3. Já o terceiro estágio passa por vídeos completamente encenados. Uma criação que pode partir de má fé, mas não necessariamente. Os jornalistas citaram o caso desse viral abaixo.

O vídeo foi tirado de contexto, inclusive pela mídia tradicional, e distribuído nas redes sociais após a final da Copa do Mundo exaltando a dedicação dos bombeiros croatas. Na verdade, trata-se de uma ação encenada criada pela própria instituição, pedindo para que os torcedores não utilizem fogos de artifício durante comemorações.

4. O quarto estágio inclui computação gráfica. Vídeos que enganam com inserção precisa de CGI. Também há casos em que uma brincadeira inocente acaba sendo tirada de seu sentido original, e compartilhada como se fosse notícia.

5. Por fim, vem o último e mais avançado estágio: os deepfakes.

São vídeos gerados por sofisticados mecanismos de inteligência artificial, capazes de criar gestos e falsificar discursos em tempo real. Ou seja, um deepfake pode fazer uma pessoa dizer qualquer coisa.

Você, provavelmente, já viu esse vídeo do Obama acima. Trata-se uma deepfake.

Mais recentemente, essa mescla desconcertante entre Jennifer Lawrence e Steve Buscemi causou sentimentos de pânico.

Esse é um método que está apenas começando, mas com potencial de crescimento no futuro e, principalmente, nas próximas eleições.

Qual a solução?

Nick Cohen e Hazel Baker tentaram indicar algumas soluções para a epidemia de fake news em vídeo.

A própria tecnologia pode resolver o problema, com algoritmos que relacionam o fake ao vídeo original de forma automática. O YouTube, por exemplo, poderia marcar filmagens que tenham sido adulteradas ou que sejam cópias. Uma iniciativa que até já fazem, em parte, por conta de direitos autorais.

Enquanto isso não acontece de maneira satisfatória, estamos dependentes do julgamento humano, pro melhor ou pro pior. Algo que pode ser feito por profissionais especializados e pela imprensa, que nós últimos anos tem dedicado cada vez mais pessoal e recursos em plataformas de checagem de fatos.

De qualquer forma, os jornalistas foram taxativos ao apontar uma medida prioritária no combate às notícias falsas: educação digital.

A tecnologia evoluiu tão rapidamente, que pouco tivemos tempo para pensar na “alfabetização” online das antigas e novas gerações. Todos sabem consumir conteúdo, mas poucos foram educados na arte do senso crítico. Um item cada vez mais raro e vital em tempos de mentiras cada vez mais elaboradas e tecnologicamente avançadas.

> Confira a cobertura completa do B9 no SXSW 2019

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