Mark Zuckerberg pretende integrar Facebook, WhatsApp e Instagram para diminuir encriptação dos apps
CEO também apontou os benefícios práticos da maior aproximação entre os aplicativos, que em tese também ajuda a empresa a manter maior controle sobre seus produtos e os dados que produzem
Durante uma reunião para discutir os lucros do Facebook no último trimestre, Mark Zuckerberg confirmou aos acionistas que pretende eventualmente aumentar as conexões entre o Facebook, o WhatsApp e o Instagram, facilitando assim o envio de mensagens entre os aplicativos. O plano de integração entre as plataformas, porém, estaria longe do concluído, a princípio sendo “uma meta para 2020 e além” nas palavras do CEO e fundador da empresa.
Segundo o próprio Zuckerberg, um fator predominante neste desejo seria a facilitação da encriptação dos apps da companhia, que segundo ele é uma das coisas “que as pessoas gostam no WhatsApp”. “Eu acredito que há uma oportunidade de fazer um trabalho de encriptação de forma consistente por todos os itens que estamos produzindo” ele esclareceu na reunião, onde também afirmou que “dezenas de milhões” de usuários de Android usam o Messenger como seu aplicativo de mensagens padrão.
Além desta vantagem para a companhia, o CEO também apontou na reunião que haveriam benefícios práticos no ato de integrar os apps do Facebook e permitir que mensagens fossem enviadas entre eles. Em um exemplo, o executivo disse que com a mesclagem usuários do Facebook Marketplace teriam a vida facilitada ao poder entrar em contato com possíveis clientes via WhatsApp em países onde a plataforma de mensagens é mais popular.
De acordo com o Mashable, o CFO do Facebook Dave Whener ainda comentou na reunião que a integração permitirá que a companhia consiga compartilhar métricas dos usuários de todas as plataformas da empresa ao invés de só do Facebook, o que poderia ajudar muito todos os interessados em dados do tipo.
A divulgação destes planos tem seus prós e contras. Se por um lado o desejo de integrar plataformas reafirma o interesse do Facebook (e de Zuckerberg) em manter maior controle sobre a coleta e uso de dados de suas redes sociais depois de todo o “vendaval de emoções” que a companhia passou com o escândalo do Cambridge Analytica, por outro a ideia só aumenta a desconfiança sobre a empresa em vista exatamente das questões de privacidade que a cercam atualmente – a mesma que atualmente está causando atrito com a Apple, que esta semana revogou os direitos de distribuição dos apps do Facebook no iOS.
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