Venda de smartphones chineses cresce no mundo todo (menos nos Estados Unidos)
Fato dos aparelhos serem muito semelhantes aos iPhones e bem mais baratos ajudou na sua popularização na Europa e no Sudeste Asiático
Depois da Apple informar que sofreu uma queda nas vendas de iPhone no mercado chinês, o The New York Times aponta como os smartphones chineses foram os principais responsáveis por essa queda. Isso porque marcas chinesas como Huawei, Xiaomi, Oppo e Vivo têm aumentado as vendas de seus aparelhos em todo o mundo.
Países como França, Alemanha, Índia e todo o Sudeste Asiático já têm um grande número de consumidores que descobriram que os telefones chineses podem fazer praticamente tudo o que um iPhone faz, mas por um custo bem menor. Modelos da marca Xiaomi, por exemplo, fornecem a tão desejada função Modo Retrato (que desfoca o fundo da foto) por valores bem mais em conta que o do iPhone 7 Plus.
Para entender a diferença de preços, na China, por exemplo, um iPhone XR é encontrado a partir de US$ 950, enquanto os aparelhos “mais tops” da Huawei, muito semelhantes aos iPhones, ficam em torno de US$ 600.
O aumento da popularidade dos smartphones chineses também é reflexo do investimento dessa empresas em melhorias nas características e na qualidade geral dos celulares, inicialmente focando na elite chinesa. Depois do mercado nacional, foi a vez das marcas olharem para o exterior e investirem em campanhas intensivas na Europa.
Em sua busca pelo mercado europeu, a Huawei, que tem sede em Shenzhen, foi além do mercado tradicional e apostou no patrocínio de festivais na Grécia e na Alemanha, e num time de basquete da Lituânia.
Já a Xiaomi, que tem sede em Pequim, aparentemente saiu “do nada” para se tornar a quarta marca de celulares na Europa no ano passado, além de conquistar o título de maior vendedor de celulares na Índia, muito graças à manobra de abrir centenas de lojas em áreas rurais do país.
É claro que a Apple ainda está no topo do mercado de muitos países, principalmente nos Estados Unidos. O governo norte-americano, inclusive, trabalhou durante anos para impedir a venda de smartphones da Huawei no país, depois que um inquérito do Congresso, em 2012, considerou a empresa um veículo potencial de ciberespionagem pelo governo chinês.
Vale ressaltar que, apesar das vantagens no custo-benefício dos aparelhos chineses, nem tudo são flores. Muitas vezes, os smartphones não apresentam garantia de fábrica ou reposição para as peças. Ainda assim, empresas como a Huawei estão no caminho de se tornarem globalmente reconhecidas a partir de 2020.
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