Na briga por espaço no streaming, YouTube torna gratuito parte de seu conteúdo original
Catálogo do YouTube Premium será parcialmente disponibilizado de graça na plataforma com exibição prévia de anúncios
O YouTube mantém desde 2016 o YouTube Premium, que anteriormente conhecido como YouTube Red (e só em tempos recentes chegou ao Brasil) serve como lar para todo conteúdo original produzido pela plataforma. Até então, o serviço de assinatura dependia da condição de você pagar uma mensalidade entre 16 e 30 reais para ter acesso às séries e filmes do site, que incluem entre outros o “Cobra Kai” que é a continuação oficial de “Karate Kid” – uma metodologia, convenhamos, padrão para serviços de streaming como a Netflix e a Amazon Prime.
A ideia de seguir o modelo tradicional de assinatura, porém, está passando por revisões dentro do YouTube, que agora considera com certa seriedade liberar seu catálogo para quem não é assinante sob a condição de aturar a sua já tradicional leva de anúncios. Presente em 29 países e com mais de 50 produções originais lançadas, os autointitulados YouTube Originals querem agora algo que eles não tem muito até o momento: popularidade.
“A próxima fase de nossos Originais é expandir a audiência dos criadores do YouTube Originals e providenciar aos anunciantes um conteúdo incrível que alcança toda a geração YouTube” declara um porta-voz da empresa no anúncio. O plano, pelo visto, é dar um gostinho dos projetos para incentivar a assinatura do serviço pago, já que nem todos os programas vão ser disponibilizados gratuitamente. O próprio “Cobra Kai”, por exemplo, só terá a primeira temporada liberada a quem não paga o YouTube Premium, mantendo seu segundo ano “guardado” no serviço – e a estratégia se repete para “Impulse”, outro seriado de destaque no catálogo do Premium.
https://www.youtube.com/watch?v=_rB36UGoP4Y
Embora não se saiba exatamente quantas pessoas pagam o serviço do YouTube, esta nova metodologia mostra que o YouTube está disposto a ganhar espaço no mercado de streaming com suas produções, mesmo que para isso ele tenha que deixá-las temporariamente gratuitas para “pegarem”. Em setembro, a chefe global de conteúdo original da plataforma Susanne Daniel declarou à AdWeek que a ideia era valorizar o assinante enquanto fazia crescer o serviço: “Eu acho que deveriam haver alguns benefícios para quem é um membro Premium que vão além do binge watching. Então nós damos acesso a certas coisas como cenas extras e shows especiais que só podem ser acessados depois de ultrapassado a paywall”
afirmou a executiva na época.
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